terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Imagine

Praticamente dois meses após a data em que John Lennon completaria 70 anos de idade (o9 de outubro), lembramos dos 30 anos da sua morte (08 de dezembro). Enfim, tinha apenas 40 anos quando um fã inconsequente tirou a sua vida e o impediu de fazer por mais tantos anos aquilo que mais amava: cantar.

Lennon é o meu ídolo na música. Fico hoje imaginando como ele estaria aos 70 anos, o que teria aprontado ao longo destes 30 anos que não o deixaram viver. Que músicas teria feito, como seria a reunião dos Beatles em 1995 para a gravação de Free as a bird (se é que ela teria ocorrido).

Fui um dos felizardos fãs que teve a oportunidade de assistir ao show de Paul McCartney em novembro, em Porto Alegre, e me emocionei muito em presenciar a homenagem feita por ele ao amigo Lennon. E lembrei que ele também poderia estar por aí, fazendo shows, protestando, com toda a rebeldia e irreverência de sempre.

Lennon deixou várias marcas, várias mensagens. Mas uma canção, em especial, resume todo o seu caráter e personalidade. Toda a sua grandeza como músico e como ser humano. E vou deixá-la registrada aqui, traduzida, pois para mim é a melhor letra musical que existe.

Imagine
Imagine não existir paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
você se juntará a nós
E o mundo será como um só

Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de homens
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo será como um só

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Como usar o twitter?

O Twitter converteu-se na rede social online de mais rápido crescimento e tema tecnológico preferido. No entanto, ainda são muitos os que não sabem o que é a ferramenta e por que tanto alvoroço. Se você é um desses e quer deixar de estar por fora, segue uma breve introdução básica ao novo recurso.


O Twitter é basicamente um site de microblogs. Ao se registrar, o usuário adquire uma página própria na qual pode publicar mensagens curtas - de no máximo 140 caracteres - com apenas texto e links para outras páginas. Sabendo utilizá-lo corretamente, pode se tornar uma eficiente ferramenta profissional e/ou de informação.


Parece simples demais para ser tão popular. Mas é precisamente a simplicidade que destaca essa rede social. O site se promove como um serviço fácil de se usar. A primeira coisa que o usuário vê ao entrar é uma pergunta tão comum quanto simples: "que você está fazendo?" O usuário posta uma resposta e seus contatos poderão ficar sabendo em tempo real.


Como usar
Registrar-se é muito fácil. Acesse Twitter.com, clique em "sign up now". Preenchido o formulário de inscrição e criada sua conta, você poderá "twitar" imediatamente. Basta escrever uma mensagem de até 140 caracteres no espaço em que está escrito "What are you doing" (O que você está fazendo?). Já há versões em outros idiomas.


Mas o processo não termina por aí. Para alguém ler suas mensagens deve entrar em seu microblog através de seu endereço (Exemplo: http://twitter.com/usuario) ou sendo um de seus seguidores. Para conseguir seguidores, a primeira coisa que se deve fazer é começar a seguir outra pessoa. Para tanto, basta acessar outros microblogs e clicar em "follow". Se você quiser parar de seguir alguém, simplesmente procure o ícone em forma de engrenagem e clique em "unfollow".


Se entre seus seguidores há alguém que você não quer que leia suas mensagens, procure o mesmo ícone e clique em "block". Agora, se o que você quer é que suas mensagens sejam lídas somente por seguidores autorizados, vá em "Settings" (Configurações), marque a opção "Protect my tweets" e pronto.


Para encontrar seus amigos no Twitter, clique em "Find People". Ali você pode procurar "twiteiros" por nome de usuário, procurar entre seus contatos do Gmail, Yahoo e AOL, convidar por e-mail outras pessoas a entrarem no Twitter e encontrar usuários sugeridos pelo serviço. Com o tempo, sua rede de seguidores e seguidos crescerá e você será lido por muito mais gente.


Na rotina do Twitter há várias ações que serão úteis para mencionar outros "twiteiros" (@), citar um "tweet" de outro usuário (RT), acrescentar um marcador (#), incluir um link curto para outra página, foto ou vídeo, e para seguir os temas mais twitados do momento.


- Mencionar: Se dentro de sua mensagem você menciona outro usuário do Twitter e quer que seus seguidores possam acessar o microblog dessa pessoa, basta colocar arroba "@" antes do nome do usuário. O tweet publicado mostrará esse nome como um link, e ao clicar sobre ele microblog da pessoa será acessado. O Facebook implantou essa ferramenta em setembro, seguindo claramente o modelo do Twitter.


- Citar: Quando um usuário do Twitter quer publicar um "tweet" de outra pessoa sem lhe roubar o crédito, convencionou-se escrever as letras RT, que significam Re Tweet (reenviar), no início da mensagem, seguidas pela menção ao usuário original (Exemplo: RT @usuário). Isso serve para que seus seguidores vejam a mensagem e saibam quem é seu autor.


- Marcadores: O sinal de numeral "#" é usado no Twitter para criar "hashtags", marcadores, que permitem aos usuários ver todos os "tweets" sobre um tema específico em tempo real. Por exemplo, se você posta uma mensagem sobre câncer, ao escrever #cancer o termo aparecerá como um link. Ao clicar sobre ele, seus seguidores poderão ver todas mensagens de usuários do Twitter com esse marcador.


- Links curtos: O Twitter permite incluir links a outros sites na internet. O problema é que muitos endereços são grandes demais para caber no limite de 140 caracteres. Para tanto há vários sites que "encolhem" o endereço (tinyurl.com, bit.ly, entre outros). Caso seja necessário encurtar um endereço de link para caber no limite de caracteres, o mesmo campo "What are you doing" o fará automaticamente.


- Fotos/vídeos: Você também pode postar fotos e vídeos por meio de serviços externos ao Twitter. Por exemplo, o site twitpic.com permite que você acesse o site com seu usuário e senha do Twitter. Lá, você coloca uma foto e um comentário e o serviço se encarrega de publicar a mensagem no Twitter com um link para a foto.


Obs.: Só não esqueça. O Twitter não é um recurso de conversação. Se você fizer isso, provavelmente perderá muitos seguidores. Caso queira conversar com outros amigos, faça via msn ou e-mail.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A Doberman e o bombeiro


A Doberman está grávida. O bombeiro acaba de salvá-la de um incêndio em sua casa, colocando-a no jardim e voltando à sua luta contra o fogo. Quando finalmente conseguiu apagar o incêndio junto aos seus colegas, sentou-se no mesmo jardim para tomar um pouco de ar e descansar.

Nesse momento, um fotógrafo do jornal Notícias da Carolina do Norte/EUA notou que a cadela observava a distancia o bombeiro. Viu a Doberman caminhar direto até o bombeiro e levantou a sua câmera. Ele captou o momento exato em que o animal chegou até o homem que acabara de salvar a sua vida e de seus bebês.

A foto diz tudo. Principalmente, demonstra o quanto a raça dita "humana" ainda precisa sofrer para fazer jus a esse nome. Poucos de nós, "humanos", temos o gesto nobre de agradecer a quem nos faz bem.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Unisc inscreve para Vestibular de Verão

A Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) está com inscrições abertas para o Vestibular de Verão 2011. As inscrições podem ser feitas até 28 de novembro no site www.unisc.br ou diretamente nos protocolos da Universidade em Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Sobradinho, Capão da Canoa e Montenegro. A prova única será realizada no dia 4 de dezembro, um sábado, às 14h.

Ao todo são 2.185 vagas oferecidas para o campus de Santa Cruz do Sul, 150 para Capão da Canoa, 100 para Sobradinho e 100 para o campus de Venâncio Aires, divididas entre 43 opções de cursos nos quatro campi. As inscrições podem ser feitas também via fax, pelo telefone (51) 3717-7454, com ordem de pagamento à Unisc. O valor é de R$ 30 até o dia 9 de novembro. Após essa data, o valor é de R$ 60. Durante o evento Viva Unisc, que será realizado no dia 11 de novembro no campus de Santa Cruz do Sul, o valor é de R$ 20. Para os candidatos treineiros, os valores são os mesmos.

A duração da prova é de até 5h, com uma redação e 60 questões objetivas divididas nas disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira Moderna (Inglês, Espanhol ou Alemão), História, Geografia, Matemática, Física, Biologia, Química, Filosofia e Sociologia. O listão dos aprovados será divulgado no dia 7 de dezembro, às 14h. Mais informações podem ser obtidas no site www.unisc.br, pelo e-mail vestib@unisc.br, pelo msn centralinfo@unisc.br ou ainda pelo telefone (51) 3717-7439.

Informações sobre financiamentos e bolsas e o Manual do Candidato também estão disponíveis no site. No manual podem ser encontrados os conteúdos e pesos da prova.

E-mails corporativos

Os internautas brasileiros são os que mais checam seus e-mails de trabalho depois do expediente, aponta a pesquisa Consumerização de TI, realizada pela consultoria IDC. Conforme o levantamento, o comportamento ocorre até mesmo quando os usuários estão dirigindo ou acompanhando cerimônias religiosas, quando o acesso é feito por meio de dispositivos móveis.

De acordo com o relatório, no Brasil 36% dos entrevistados checam sua caixa de entrada corporativa quando estão em aviões. O índice é quase o dobro do observado entre australianos e neozelandeses (19%) e superior ao que ocorre entre europeus (24%) e norte-americanos (22%). Mais: 21% dos brasileiros disseram checar suas caixas de e-mail enquanto estão dirigindo carro – mais uma vez, quase o dobro do número obtido na Austrália e Nova Zelândia (11%). Na Europa e Estados Unidos, o porcentual ficou em 15%.

Por fim, 17% afirmaram que acessam suas caixas de correspondência quando estão em cultos religiosos. A proporção é duas vezes superior à observada nos Estados Unidos (7%), mais que o triplo do resultado europeu (5%) e quatro vezes maior que o constatado na Austrália e Nova Zelândia (4%).

A pesquisa foi realizada em vários países do mundo. No Brasil, a primeira etapa entrevistou 301 trabalhadores usuários de aparelhos celulares, smartphones, palms, laptops etc., e redes sociais, como blogs, Twitter, Facebook etc. São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador e Fortaleza foram as cidades incluídas na pesquisa.

O objetivo do estudo é mostrar como ocorre a chamada “consumerização de TI” – que significa como os equipamentos pessoais e as redes sociais, utilizadas pela sociedade de modo geral, podem afetar as organizações e seus funcionários.

“Estes dados sobre o uso da tecnologia de qualquer lugar para fins de trabalho de qualquer lugar demonstram ainda mais que a consumerização de TI já é uma realidade tanto para os funcionários como para as organizações no Brasil, que precisam cada vez mais entendê-la e explorá-la”, concluiu Paulo Roberto de Carvalho, diretor da Unisys, empresa patrocinadora da pesquisa.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Unisc lança novo Portal Institucional

A Unisc está colocando no ar nesta terça-feira, dia 21 de setembro, o seu novo Portal Institucional (www.unisc.br). Essa é a maior mudança já realizada no site da Universidade. A última havia ocorrido em 2004 e focou-se somente na mudança de layout.

No projeto do novo Portal foram trabalhados três aspectos: design, arquitetura de informação e forma de gerenciamento. No que diz respeito ao design, ele foi desenvolvido levando-se em conta o que mais vem sendo utilizado atualmente em portais.

“Com o crescimento e popularização da Internet, era inevitável tal mudança, tudo para atender de melhor maneira ao público que utiliza o Portal”, justifica o responsável pelo Núcleo de Comunicação Digital da Assessoria de Comunicação e Marketing da Unisc, Erion Lara. No último mês, segundo ele, foram mais de 250 mil visitas ao Portal da Universidade.

Para o desenvolvimento do projeto, a equipe do Núcleo de Comunicação Digital da Instituição trabalhou em conjunto com uma consultoria externa e o setor de Tecnologia de Informação da Unisc. O CMS (content management system), ou sistema de gerenciamento de conteúdo, foi desenvolvidocom base no Joomla, software livre customizado para atender às necessidades da Universidade.

“A parte de arquitetura de informação foi projetada para que o usuário consiga chegar à informação desejada com um número menor de cliques”, explica Lara. A maior mudança, no entanto, ocorre na forma de gerenciamento das informações. “No novo Portal, os cursos terão total gerência sobre o conteúdo de suas páginas, além da nova galeria de fotos e blog”, acrescenta.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Unisc discute comunicação e mobilidade

O jornalista Fernando Firmino da Silva, um dos maiores especialistas em jornalismo móvel no Brasil, estará na Unisc no final deste mês. Firmino fará seminário para a turma do pós-graduação em Assessoria em Comunicação e Política; oficina de jornalismo móvel e uma palestra sobre jornalismo e mobilidade. A oficina de jornalismo móvel e a palestra são abertas a alunos e professores de todos os cursos e habilitações. A vinda de Fernando Firmino da Silva é uma promoção do Curso de Comunicação Social da Unisc.

Especificamente sobre a oficina, que se inicia a partir das 8h30 do dia 30, segunda-feira, o tema será Jornalismo Móvel: tecnologias, processos e conceitos. O conteúdo abrange conceito de jornalismo móvel; experiências em jornalismo móvel no Brasil e em outros países; tecnologias e os processos no jornalismo móvel; aplicações móveis para a produção jornalística; modelos de produção do jornalismo móvel e atividades práticas do uso de celular na produção jornalística e em transmissões ao vivo. As inscrições podem ser feitas na secretaria do curso de Comunicação, sala 1503, prédio 15 do campus-sede.

Já a palestra, que se inicia às 19h, no auditório do bloco 18, terá como tema Jornalismo em mobilidade e as plataformas emergentes de produção e de consumo de notícia. Por este viés, as tecnologias móveis digitais e as redes sem fio (Wi-Fi, 3G e WiMax), que emergiram de forma acelerada no início deste século, estão redimensionando e atualizando as práticas comunicacionais e impactando as relações econômicas, culturais e sociais. Dentre estas, a prática do jornalismo. A palestra é gratuita.

Seminário aborda Jornalismo e Literatura

O Programa de Pós-Graduação em Letras - Mestrado da Unisc está com as inscrições abertas para o Seminário Avançado Narrativas Midiáticas Contemporâneas, que vai discutir as relações e tensionsamentos entre a narrativa literária e o jornalismo. O seminário, que se inicia no dia 2 de outubro, vai ocorrer aos sábados pela manhã e será ministrado pelos professores Fabiana Piccinin e Demétrio de Azeredo Soster.

As discussões propostas na disciplina, sobre como o jornalismo se utiliza dos recursos literários para compor as narrativas e os limites da ficção e não-ficção, fazem parte da aproximação que a área da Comunicação Social está fazendo com o Mestrado em Letras. O programa do seminário está dividido em três módulos. Nas narrativas em jornalismo impresso serão estudados os livros-reportagem, as biografias de natureza jornalística e a emergência dos gêneros interpretativo e diversional.

Nas narrativas imagéticas, a análise será feita nas produções audiovisuais por meio do estudo de filmes/documentários, abrindo a discussão para os limites da ficção e não-ficção na estética realista. E nas narrativas convergentes o foco será as produções midiáticas que se estabelecem por meio da web, com suas complexificações. O seminário é resultado dos estudos empreendidos em dois grupos de pesquisa: o projeto Processos Hermenêuticos e Narrativas Contemporâneas, coordenado pela professora Eunice Piazza Gai, e o projeto A narrativa jornalística em sua intersecção com a literatura, coordenado pelos professores Fabiana e Demétrio.

As inscrições podem ser feitas na Secretaria de Pós-Graduação da Unisc, no bloco 1 do campus de Santa Cruz do Sul. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3717-7322 ou pelo site http://www.unisc.br/cursos/pos_graduacao/mestrado/letras/index.html.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Crimes na internet

Como denunciar crimes na Internet? O tema vem à tona em dias em que a internet, em especial chats e o msn, estão causando dor de cabeça para pais pela facilidade com que os jovens têm acesso a informações e ao contato com pessoas desconhecidas.

Mas o que pode ser considerado como crime na internet? Segundo o delegado de polícia Emerson Wendt, diretor da divisão de análise da Secretaria de Segurança Pública do Estado e especialista em crimes virtuais, existem incidentes e algumas condutas hackers que podem ser consideradas também crimes, conforme o que está previsto na legislação brasileira. Então, nem todo incidente na internet brasileira é considerado crime. No entanto, preocupa o fato de que 82,27% dos ataques reportados têm origem no Brasil, como apontam dados de 2008 do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança (Cert.br).

Entre os crimes mais comuns na internet estão os cavalos de troia (falsos envios de fotos, arquivos), quebras de direitos autorais, páginas falsas de bancos e varreduras (scans). “É muito difícil controlar o conteúdo na internet”, lamenta Wendt. “Existem as chamadas rondas virtuais, que procuram agir preventivamente e detectar casos de crimes em andamento na web, porém é um processo que está muito aquém do necessário”, alerta.

Conforme o delegado, as denúncias e os registros de ocorrência continuam sendo as formas mais eficazes de se chegar ao fato criminoso praticado no mundo virtual. “Na maioria das vezes, desencadeia uma investigação policial”, explica.

A Polícia Civil gaúcha tem trabalhado desde 2007 para conter esse tipo de crime. Num primeiro momento, formou vários profissionais nesse processo moderno de investigação. “Foram treinados 580 agentes e delegados de polícia durante os anos de 2008 e 2009”, cita Wendt. “Nas regiões de Santa Cruz do Sul e Lajeado foram treinados 30 agentes”.

O delegado afirma ainda que, além de uma boa proteção com hardwares e softwares, são fundamentais as atitudes positivas do usuário. “Este deve estar constantemente atualizado nas questões de segurança virtual”, orienta. Ele aponta que o usuário mais vulnerável é aquele que usa sistema operacional pirata e/ou que não atualiza os aplicativos de segurança.

No entanto, o que mais tem preocupado a sociedade é o uso da internet para a prática de abuso sexual, em especial contra crianças e adolescentes. Apesar de o Rio Grande do Sul ser referência no combate à pedofilia, o número de registros de ocorrências ainda é considerado baixo. “A denúncia é uma excelente forma de colaboração, além de manter-se sempre atualizado sobre o assunto por meio da educação virtual”.

terça-feira, 6 de julho de 2010

A morte do rock


Uma dúvida está no ar e tem me incomodado cada vez que ligo o rádio do meu carro ou que busco informações sobre novidades musicais: o rock nacional morreu? Onde está o bom e velho rock'roll, a rebeldia, a indignação, a sensualidade, a irreverência e, principalmente, a crítica ao sistema?

Com todo o respeito às novas tendências musicais, o que é absolutamente normal ocorrer, mas elas em nada têm a ver com rock. Rock é atitude, é querer mudar o mundo, é realmente transmitir algo, arrastar multidões. É ser diferente. É transformar uma banda em religião, ou em legião. Não são letras, são manifestos. Não são músicas, são hinos cantados por gerações inteiras.

Cá entre nós. Qual das músicas tocadas pelas bandas brasileiras no ano passado são lembradas hoje? Qual dessas ficará para a história, será cantada por décadas? Não vejo mais isso. Não vejo porque não existe. E podemos ir mais além do ano passado. Não há mais rock no País há um bom tempo. Não há mais bandas de rock.

O que temos são nossos dinossauros sobrevivendo em meio a esse marasmo, como Titãs, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso (literalmente sobrevivendo), Engenheiros do Hawaii, Capital Inicial, Nasi, entre outros que tentam regravar seus sucessos. E por que voltam a fazer sucesso? Porque o campo continua vasto, totalmente pertencente a eles, sem herdeiros, sem sucessores.

Pais e filhos, Beth Balanço, Faroeste Caboclo, Lanterna dos Afogados, Exagerado, Até quando esperar, Cabeça Dinossauro, Terra de gigantes, Envelheço na cidade, Geração Coca-Cola... e tantas, mas tantas outras que se eternizaram. Hoje ouvimos músicas e mais músicas do repertório nacional e não conseguimos nem ao menos distinguir uma voz de outra, nem mesmo um acorde de outro. É tudo igual, mesmo ritmo, mesma voz, letras parecidas, melosas. Um melodrama total, lugar comum. Comodidade. Reflexo da juventude atual?

Onde estão nossos novos roqueiros? Não ouviram nada de seus pais? Cadê a atitude? Será que é apenas uma tendência nacional ou é uma realidade mundial? Afinal, se formos pensar, nem mesmo fora daqui parecem surgir novidades nessa área. Por isso talvez ainda convivamos com shows lotados de ZZ Top, Guns, Madonna, Metallica, Iron Maiden. Mas ainda surgem. Se não em sonoridade, pelo menos em atitude.

Procura-se culpados!

Deve haver alguma explicação para o fato de a mídia esportiva brasileira ser tão pobre e tão podre. Talvez porque o nível intelectual dos jornalistas e cronistas esportivos seja proporcional ao da maioria dos jogadores de futebol. Kaká, um dos poucos atletas brasileiros com um nível de formação um pouco mais elevado, certa vez foi indagado por um jornalista com a seguinte pergunta: "Por que vocês jogadores dão sempre as mesmas respostas?". Ele respondeu enfático: "Porque vocês fazem sempre as mesmas perguntas".

Bingo. É impressionante a falta de criatividade e de aprofundamento, ou mesmo conhecimento, dos jornalistas esportivos. Basta acompanhar uma coletiva de imprensa. É comovente. Ninguém sabe o que perguntar, muitos perguntam a mesma coisa que os colegas... É deprimente! Notadamente algumas perguntas são feitas apenas por obrigação, para cumprir o trabalho, a tarefa e ir embora... Tudo muito superficial, sensacionalista, sem objetividade! E o entrevistado? Ah, esse deve ser comedido e educado.

Como se não bastasse, chegam a ser cansativas as inúmeras enquetes em torno da eliminação da seleção brasileira na Copa do Mundo. E todas com a mesma pergunta, ou similar: "Quem foi o responsável...?" ou "Quem foi o culpado...?". Ora, culpado de quê? Responsável pelo o quê? Por que é preciso ter um culpado, um responsável? Gente, para quem não sabe, vou avisar: é só uma partida de futebol, é um jogo. É uma quarta-de-final de Copa do Mundo, Brasil versus Holanda. Quem disse que o Brasil seria sempre vencedor, imbatível? Num jogo, tudo pode acontecer, inclusive uma derrota, para quem não sabe! E se isso ocorrer, não significa que alguém deverá ser o culpado. A Holanda venceu, só isso. Querendo ou não, doendo ou não, isso pode ocorrer, e não foi a primeira e nem será a última vez.

Agora buscam-se as mais absurdas justificativas. Mas é básico. Perdemos, ponto. E Dunga fez um trabalho excelente. Venceu tudo o que disputou até a Copa do Mundo, teve apenas seis derrotas em quatro anos, e nenhuma por 4 x 0. E se Dunga continuase no cargo, continuaria recebendo o apoio da grande maioria dos torcedores pelo seu trabalho, apesar de boa parte da mídia torcer o nariz por não receber privilégios antiéticos (aí já é outra e longa história). Uma derrota nos detalhes, por 2 x 1, numa quarta-de-final de Copa do Mundo, contra a Holanda. Ora, qualquer resultado num jogo desses é possível, previsível.

Agora chega, bola pra frente, a vida continua. Há coisas muito piores do que uma derrota em Copa do Mundo. Perguntem aos chilenos, aos haitianos, ou agora às vítimas no Nordeste do Brasil. É hora de acordar. Somos os melhores, mas não somos imbatíveis. Nossos jogadores lutaram, batalharam muito. Mas, é um jogo. E como todo jogo, os dois adversários estão dispostos a vencer.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Notícias que vão mudar o mundo - Parte II

Seguem mais notícias selecionadas da internet e que, com certeza, influenciarão diretamente no seu futuro e no destino da humanidade:

"Cachorros de John Travolta morrem em acidente"

"Atual namorada de ex de Madonna vai desfilar no Brasil" (Essa é impressionante!)

"Alexandre Frota admite erro em terminar com musa"

"Funkeira fica chocada com convite inusitado de cantor"

"Britney busca filhos com pijama manchado"

"Cameron Diaz toma banho de mangueira no Havaí"

"Biografia de Geisy Arruda promete revelar 'má fama' da estudante"

"Sabrina Sato se espreguiça no meio da rua"

"Amy Winehouse usa decotão em passeio com o pai"

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O País da Copa

Definitivamente, o Brasil não é o pais do futebol. O Brasil pode até ser o país da Copa, mas não do futebol. E os números comprovam. Em pesquisa realizada em diversos países sobre as preferências da população, pouco mais de 30% dos brasileiros afirmaram acompanhar futebol. Na Argentina, pra se ter uma idéia, esse percentual superou os 45%. Os dados foram apresentados pelo cronista esportivo Juca Kfouri em palestra realizada na Unisc no mês de maio.

Nossos hermanos, inclusive, lideraram esse quesito "acompanhar futebol" e são, com folga e justiça, o país do futebol. Enfatizando a teoria de Kfouri, o Brasil pode ser considerado, sim, o País da Copa. Isso porque, de quatro em quatro anos, como um fenômeno social, o Brasil se fecha, e literalmente pára, em torno da Copa do Mundo. Mesmo aquelas pessoas que não assistem a uma única partida durante quatro anos, páram diante da TV para torcer pela seleção canarinho na Copa do Mundo.

Ate aí, tudo bem. É mesmo da natureza do brasileiro: onde tem festa, "to dentro". E é mais ou menos isso que ocorre. Tem até o malandro que chega no bar, senta no meio da torcida, vestido de verde e amarelo, camisa da Copa de 82, corneta na mão e pergunta para o torcedor ao lado: contra quem é hoje mesmo?

O problema, ao meu ver, é quando esse torcedor sazonal, que torce de quatro em quatro anos, se acha no direito de julgar e questionar a seleção brasileira, técnico, jogadores ou mesmo o trabalho realizado por toda a comissão técnica. Entram nas rodas de conversa com o seu curto conhecimento e querem argumentar com quem acompanha futebol todos os dias, o que acaba causando alguma irritação, confesso.

É o que se vê e se ouve agora, por exemplo. De repente, todos querem opinar sobre a seleção. Pior, ressucitam a velha síndrome de vira-lata, que acha sempre que a grama do vizinho é mais verde. Nestes dias que antecedem a Copa do Mundo, ouvem-se críticas e comentários dos mais absurdos sobre o Brasil e elogios rasgados aos adversários. Claro, eles sempre são melhores, mais habilidosos.

Com certeza, o torcedor sazonal não irá lembrar que, há apenas um ano, o Brasil foi campeão da Copa das Confederações, competição em que goleou a Itália por 3x0. Poucos meses antes, já havia derrotado a azzurra por 2x0 em amistoso. Ele ambém não deve recordar que o Brasil é o atual campeão da Copa América, quando derrotou a Argentina na decisão com um chocolate de 3x0. Aliás, a Argentina voltou a ser derrotada pelo Brasil nas eliminatórias, em 2009, por 3x1, na casa deles. Nos últimos cinco jogos entre as duas equipes, 13x2 Brasil. Na era Dunga, 9x1 em quatro jogos.

Falando em eliminatórias, o Brasil terminou em primeiro lugar, diga-se de passagem. Além disso, é lider do ranking da Fifa. Provavelmente o torcedor sazonal não saiba disso. E não quero dizer que deva saber, nem mesmo que todo esse retrospecto indique que o Brasil seja o campeão da Copa do Mundo. Mas é uma pena ver que, mesmo com um trabalho impecável, Dunga seja questionado ou cobrado por pessoas que nem devem lembrar, ainda, que o Brasil derrotou a Inglaterra no início deste ano, outra das equipes apontadas como favoritas.

A Copa está aí, e apesar de o mundo todo considerar o Brasil favorito, aqui o trabalho sempre é questionado, como foi Felipão em 2002 ao conquistar o Penta. Em 2006 era Parreira, o respeitado treinador que levou para a Copa todas as grandes estrelas. Deu no que deu. E aposto que poucos lembram que em 2006 todos queriam o pescoço de Ronaldinho Gaúcho. E agora, o torcedor sazonal reclama da não convocação do garoto mimado da Nike. Vai entender...

Em suma, o torcedor brasileiro não torce, só atrapalha. Enquanto nossos vizinhos têm orgulho de sua seleção independente de quem vista a camisa do seu país e mesmo sem ganhar título algum, no Brasil a seleção jogou três das últimas quatro decisões de Copa do Mundo e, mesmo assim, nossos adversários são sempre os favoritos. Mas é da natureza do brasileiro. O quintal do vizinho é sempre mais bonito. Assim é no futebol, assim é na política, onde temos o líder mais respeitado em todo o mundo sendo ridicularizado dentro do nosso próprio país. Mas assim como no futebol, nossos eleitores hibernam e só acordam de quatro em quatro anos.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Pense no Haiti, reze pelo Haiti

O curso de Relações Internacionais da Unisc promoveu, em março de 2010, uma palestra com o tema Haiti: um país de contrastes. A atividade foi ministrada pela professora Mariana Corbellini, do Departamento de Ciências Econômicas, que esteve no Haiti em 2008. Na entrevista a seguir, a professora apresenta alguns aspectos sobre a situação do Haiti e a atuação da ONU e do Brasil nesse país que não é apenas o mais pobre das Américas, mas também possui enorme beleza e riqueza cultural. Ela falou ainda sobre os avanços e as perspectivas para o país.

Jornal da Unisc - O que a levou ao Haiti e quando foi?
Mariana Corbellini - Eu fui para o Haiti em março de 2008, mas na verdade eu comecei a me interessar sobre essa temática ainda na graduação. Em 2005 tive a oportunidade de fazer um trabalho sobre o tema, um ano depois de as tropas brasileiras terem sido enviadas para lá. Então eu resolvi seguir estudando sobre o Haiti no mestrado em Relações Internacionais, na Ufrgs, onde realizei um trabalho sobre as operações de paz das Nações Unidas. Foi aí que surgiu a oportunidade de acompanhar um grupo de estudantes e professores da Universidade Federal de Santa Maria, da Faculdade de Direito de Santa Maria, que estavam indo para o Haiti, para passar dez dias. Não era nada muito extenso, era para fins de estudo, e fomos acompanhados do professor Ricardo Seibert, que é um grande conhecedor do Haiti e, inclusive, é atualmente um enviado da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Haiti. Ele queria conversar com autoridades haitianas, autoridades da missão, enfim, a respeito do auxílio para a reconstrução do sistema jurídico do Haiti. Acompanhamos o professor Ricardo em algumas de suas reuniões. Então eu tive a oportunidade, por exemplo, de conhecer o prédio da Minustah, que é a missão da Onu no país, e que acabou desabando no terremoto.

JU - Em que situação você encontrou o País?
Mariana - Olha, quando eu fui pra lá eu já sabia que, liderados pelas tropas brasileiras, eles já haviam pacificado algumas ondas críticas. Mas eu não tinha muita noção do que isso queria dizer. Então eu fui para lá preparada para uma guerra. Achei que eu ia para um país em guerra. E não era essa a situação. Na verdade, a situação do Haiti nunca foi uma situação de guerra. O que ocorreu foi um problema de insurreição, devido a instabilidades políticas que são recorrentes no país e que, enfim, eclodiu uma situação de violência generalizada em fevereiro de 2004. E com a saída do presidente, a questão da instabilidade política ficou ainda pior.

JU - O terremoto foi apenas mais um dos tantos problemas enfrentados pelo País. Quais são as raízes de tantos conflitos?
Mariana - Bom, existem especulações se o presidente foi retirado pelos Estados Unidos e pela França, ou se ele se eximou. Eu acredito que tenha sido uma saída estratégica, até em virtude de que o país estava incontrolável e ingovernável. Ele deixou o país e seu sucessor entregou o país diretamente nas mãos dos Estados Unidos, França, Chile e Canadá, que formaram uma força multinacional de paz para preparar o terreno para a entrada da missão. A Minustah acabou tendo que entrar no país e a idéia inicial seria a tentativa de restabelecimento de um diálogo político. Mas esse diálogo ficou muito comprometido devido ao fato de que eles tinham grupos, bandos armados e trabalhavam em virtude de grupos de partidos políticos. Então esse era o problema que existia no país. Existiam grupos políticos rivais e essa rivalidade perpassava para a questão da violência, mesmo, com a atuação de bandos armados, em especial, nas favelas. E tudo isso envolve tráfico de drogas, pobreza, todas essas questões. Dessa forma, a tentativa de um diálogo político não foi efetiva até que se tentasse a questão do apaziguamento, que foi a segunda fase da missão.

JU - De que forma o Brasil tem atuado nessa missão de paz e por que sempre estivemos na linha de frente?
Mariana - Foi a partir de 2006 que o Brasil passou a liderar essa vertente militar com suas tropas. Não é a liderança da missão como um todo, mas sim na questão militar. As tropas acabaram entrando nas ondas críticas e conseguindo um apaziguamento dessas ondas. Isso possibilitou a prisão de chefes de gangues e o desmantelamento desses grupos, possibilitando retomar o diálogo e manter o controle. Então, quando eu fui para lá, em março de 2008, a missão já estava numa terceira etapa. Isso era questão de fortalecimento e criação de instituições. Para que um país exista é necessário ter determinadas instituições.

JU - Qual a origem dessa relação do Brasil com o Haiti?
Mariana - A origem tem muito ver com a própria linha de política externa que é seguida pelo governo Lula, de uma maior inserção internacional, uma demonstração de que o Brasil pode atuar como mediador de conflitos. Na verdade o Brasil tem, em termos diplomáticos, uma característica, presente já, e bastante estável, de mediação de conflitos. O que aconteceu agora, com esse último governo, é que a gente pegou um pouco disso e acrescentou a uma necessidade que o governo via, de uma maior inserção do Brasil no sistema internacional. O Brasil quis aparecer mais em virtude de querer uma cadeira permanente no conselho de segurança, ter uma participação maior. Também teve o convite da França, pois Haiti e França tem lá seus laços estreitos devido ao fato de o Haiti ter sido colonizado pela França. E naquele momento a França precisava de um país que tomasse a frente. Há ainda a questão da proximidade.

JU - E como a ONU tem atuado? Tem cumprido o seu papel?
Mariana - De certa forma, sim. O que acontece é que, desde a década de 90, as declarações de paz da ONU têm um mandato, os objetivos dela são muito amplos. Isso porque, normalmente, elas atuam em conflitos que são internos e que acarretam uma série de outros problemas, de desenvolvimento, de necessidade de criação de instituições, tudo o que acontece dentro do Haiti. Então a ONU pega para si, como objetivos, restabelecer o sistema do país, melhorar o desenvolvimento, todas essas questões, e isso é muito complicado. Não é um problema do Haiti, em específico. É um problema das operações de paz da ONU, em geral, que querem fazer muita coisa e isso é complicado, precisa ser feito em etapas.

JU - Qual a situação atual do Haiti? Houve algum avanço na questão social e política?
Mariana - Quando, enfim, estive lá, eu percebi que eu não tava numa guerra. Eu entrei em Citê Soleil, que era uma das favelas mais complicadas de lá, sem colete à prova de balas, sem capacete. Claro que acompanhada de militar, mas a gente ficou um tempo lá e visitamos escolas, entregamos doces para as crianças, foi super tranqüilo. Então, essa questão foi a que teve maior participação brasileira, que teve êxito, e que por isso o Brasil tem se destacado tanto nas questões de operações de paz. E agora tem todas as outras questões, como a do diálogo político, que é muito complicado por questões culturais, da tradição de autoritarismo, da cultura da força que existe no Haiti desde o início dessa história. Essa questão do diálogo político está inserida no estado, já está inserida no contexto, é difícil mudar. A idéia era de que fosse concluída até 2011. Agora já se fala em um prazo um pouco maior devido ao terremoto. E depois que essa operação sair ainda tem toda uma questão de desenvolvimento do país, porque criamos as instituições, reestruturamos o sistema jurídico, tudo que for necessário para que o país exista, mas a gente ainda tem 80% da população sem emprego. Com esse tipo de economia que se tem aí, como será possível? Qual é a viabilidade de um país assim? E tudo isso ainda é objetivo de uma outra missão. Agora eles precisam de mais gente, até porque o centro das operações ruiu, a ONU, ficou um pouco descoordenado depois do terremoto. Antes dessa questão de pacificação, da liderança das tropas, os militares brasileiros sempre atuaram na entrega de alimentos, de donativos e, agora, com a questão do terremoto, isso se intensificou. Se existe algo de positivo que se possa tirar disso tudo, é que pelo menos a comunidade internacional volta um pouco os olhos para o Haiti. E com o Haiti no centro das atenções, já se pode angariar mais fundos internacionais e tudo isso vai ajudando na reconstrução do país.

JU - Que perspectivas se pode ter em relação a esse País?
Mariana - Ainda é muito cedo para dizer. A questão social e econômica é um problema que só vai poder ser resolvido a partir do momento em que o enfoque for o desenvolvimento, e esta ainda não é a situação que se pode encontrar no Haiti. Se a comunidade internacional continuar lá e, principalmente, se entrarem fundos para este país, há perspectivas. O grande problema é que o Haiti não tem nada que interesse a investidores, a outros países. E por causa dessa situação, a comunidade internacional não volta muito os olhos ao Haiti. Resumindo, não entra dinheiro. E o que o Haiti precisa é justamente de dinheiro, fundos, investimentos. Se houver uma mobilização maior da comunidade internacional nos próximos anos, e a partir do momento em que tudo estiver estabilizado, que a missão tiver cumprido seus objetivos principais, e que entre uma nova missão que trate da questão do desenvolvimento social e econômico, daí sim o país pode aos poucos começar a melhorar, a se estruturar, até que chegue o momento em que ele poderá caminhar com suas próprias pernas. Mas isso é uma previsão de longo prazo.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Notícias que vão mudar o mundo - Parte I

Abaixo, notícias reais selecionadas da internet e que, com certeza, influenciarão diretamente no futuro da humanidade:

"Geisy Arruda vai virar boneca"

"Revista desmente notícia sobre traição de Sthefany Brito"

"Gisele Bündchen faz compras com o filho"

"Paredão feminino põe fogo no BBB"

"Ator de Barrados no Baile tem carro tunado"

"
Michel e Eliéser falam sobre a disputa do líder"

"
Tancredo Neves faria 100 anos hoje"

"
53% dos votos eliminaram MC Leozinho de A Fazenda.


Outras notícias incríveis que antecipam o fim do mundo:

"Jovens perseguem e atacam turista cadeirante na Austrália"

"Torcedores da Ponte Preta tentam agredir são-paulinos cegos"

Portanto, antes de reclamar de algo ruim, lembre sempre que acontecimentos piores virão!

O fenômeno Grafitte

Kaká, Cristiano Ronaldo, Messi? Não. O grande nome desta Copa será, sem dúvida, o artilheiro Grafitte. O jogador é apontado por jornalistas do mundo todo como um dos favoritos à artilharia da Copa.

Tal fenômeno já chamou a atenção da fabricante Faber Castel, que irá patrocinar o atleta. O anúncio foi feito esta semana no escritório da empresa em Ponta Grossa, Paraná. "Estava escrito que seria assim. É um atleta promissor", destacou um dos empresários.

A escolha de Dunga por Grafitte, porém, deixou Adriano desapontado. No entanto, Grafitte garantiu que irá escrever seu nome na história das copas. Sobre o número que pretende usar para alcançar tal feito, ele disse que optará pela 0.5 ou a 0.7. "Vai depender do desenho tático utilizado pelo professor", advertiu.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Vestibular da Unisc recebe inscrições

Já estão abertas as inscrições para o Vestibular de Inverno 2010 da Unisc. As novidades deste processo seletivo são os cursos superiores de tecnologia em Agroindústria e em Alimentos. A taxa de inscrição é de R$ 30 até o dia 2 de junho e, a partir desta data, de R$ 60 até o término do prazo de inscrições, que é dia 13 de junho.

A prova única será realizada somente no campus de Santa Cruz do Sul, dia 19 de junho, um sábado, às 14h. Para se inscrever os interessados podem acessar o site www.unisc.br ou se dirigir à Loja da Unisc no Shopping Santa Cruz, aos protocolos dos campi de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Sobradinho e Capão da Canoa ou ainda à unidade de Montenegro. Ao todo são 856 vagas oferecidas, divididas entre 22 cursos. As inscrições podem ser feitas também via fax, pelo telefone (51) 3717-7454, com ordem de pagamento à Unisc.

A duração da prova é de até 4h30min, com uma Redação e 60 questões objetivas divididas nas disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira Moderna (Inglês, Espanhol ou Alemão), História, Geografia, Matemática, Física, Biologia, Química, Filosofia e Sociologia. O listão dos aprovados será divulgado no dia 22 de junho, terça-feira, às 14h.

Mais informações podem ser obtidas no site www.unisc.br, no e-mail vestib@unisc.br ou pelo telefone (51) 3717-7439. Informações sobre financiamentos e bolsas e o Manual do Candidato também estão disponíveis no site. No manual podem ser encontradas as características de cada curso e os conteúdos e pesos da prova.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Trânsito

Já morei em quatro cidades diferentes. Já dirigi em centenas de outros lugares, tanto no Brasil como no exterior. Mas, sinceramente, não conheço cidade com piores motoristas do que Santa Cruz do Sul. É deprimente ver o quanto os santacruzenses são mal educados no trânsito ou, simplesmente, péssimos motoristas. Pisca-pisca? É uma mera peça de decoração do veículo. Não tem nenhuma outra utilidade.

O que mais me chama a atenção é que quando chegamos a Santa Cruz do Sul, há 20 anos, nos deparamos com uma cidade totalmente planejada, ruas paralelas, organizadas milimetricamente e, pasmem, com faixas de segurança em todas as esquinas. Nunca havíamos visto uma cidade com tamanha preocupação com o pedestre. Mas passado um tempo já na cidade, nos perguntamos: pra quê? Que contrasenso. A cidade que possui faixas de segurança em todas as esquinas é, ao mesmo tempo, a que menos sabe para que elas servem. A que menos as utiliza.

Não precisamos ir muito longe para termos bons exemplos de que para que servem as faixas de segurança. Basta ir em qualquer país vizinho da América Latina para termos uma aula de educação e respeito. Basta chegar perto da faixa e os carros param. É, santacruzenses! Isso mesmo, é verdade. Existe isso, sim! No Brasil a coisa muda, mas mesmo assim há cidades que culturalmente respeitam as leis de trânsito. A pergunta que fica é: o que há de diferente nestas cidades? O que tem sido trabalhado diferente nas escolas, ou mesmo nas autoescolas? Será que as autoescolas de Santa Cruz do Sul são deficientes?

Interessante é que Santa Cruz do Sul é colonizada por alemães. E a Alemanha, como se sabe, é um exemplo de educação e respeito às normas de trânsito, como em toda a Europa. Fico imaginando, às vezes, um casal de ingleses caminhando pelo centro de Santa Cruz do Sul. Coitados. Em Londres, se você parar perto de uma faixa de segurança, o trânsito para. E em Santa Cruz do Sul? Experimente atravessar uma rua pela faixa de segurança. Não dá para entender.

Estacionar no meio da rua, dirigir lentamente pela esquerda, dobrar sem usar o pisca, nada disso é mais novidade por aqui. Questiono os motivos para tamanha deficiência ao volante, e me vem à tona questões culturais. Santa Cruz do Sul é uma cidade colonial, com grande parte da população oriunda ou ainda residente no meio rural, onde as leis de trânsito não existem. A cidade cresceu na sua parte central, e de uma hora para outra surgiram avenidas com até três vias. Mas a sua população ainda dirige como se estivesse guiando carroças, ou galopando cavalos. Para-se onde quiser, estaciona-se no meio da rua para conversar, dirige-se da forma que vier à mente. Uma cidade pequena que cresceu mas que seus motoristas ainda dirigem como se estivessem na colônia.

É uma questão cultural, ou de índole mesmo, em alguns casos. O fato é que aqui se chegou ao ponto de, se você for educado e parar para alguém atravessar a rua pela faixa de segurança, corre é o risco de provocar um acidente. Deplorável. Cômico até, se não fosse trágico.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Entrevista


Entrevista concedida para o Jornal Unicom em setembro de 2004:


Luciano Pereira ingressou no curso de Comunicação Social da Unisc em 1994 e, três anos depois, começou como monitor na Agência Experimental de Jornalismo. Formou-se em 1999 e, atualmente, trabalha na Assessoria de Comunicação e Marketing da Universidade.

Como você descreve as suas funções na agência de jornalismo?
Fui monitor na função de diagramador e técnico em editoração eletrônica nos trabalhos experimentais do curso nos jornais Gazeta do Sul e Riovale Jornal, de Santa Cruz do Sul, e como instrutor dos alunos nos trabalhos acadêmicos referentes à diagramação e editoração eletrônica no período de julho a dezembro de 1997, julho a dezembro de 1998 e janeiro a julho de 1999.

Como eram realizados os projetos e atividades?
Tínhamos uma página no Riovale Jornal, chamada Página 7, e o Unicom encartado no primeiro sábado de cada mês na Gazeta do Sul. Os alunos faziam as reportagens na disciplina de Redação em Jornalismo, em um revezamento de funções e editorias. Depois eu recebia os textos na agência para a diagramação do jornal. Eu também fazia textos como aluno do curso. Enquanto estive na agência, os editores foram a professora Marli Hatje, seguida pelo professor Otto Tesche. No início tive a compania da também monitora Gigliola Casagrande, que junto comigo criou o projeto gráfico e editorial do primeiro Unicom.

Qual a importância da experiência na agência para a sua formação?
Foi muito importante porque foi a minha primeira experiência com prazos fixos para finalização de material, além da responsabilidade de estar sendo lido e avaliado por mais de 20 mil pessoas. Desenvolvi o meu trabalho com editoração eletrônica, que eu havia iniciado em um estágio de três meses que fiz no Riovale Jornal. Essa experiência inicial me rendeu o emprego na Editora da Unisc, onde trabalhei por quatro anos. Cada experiência que adquirimos, por menor que possa parecer, um dia será muito importante para nós. Tanto que consegui entrar na agência graças ao pequeno estágio que fiz no Riovale Jornal. Depois, tudo isso me serviu para entrar na Editora, e assim por diante.

Como essa experiência se reflete no seu trabalho atual?
Graças a esta e a outras experiências que tive cheguei onde estou hoje. Desde que entrei na Unisc o meu objetivo foi trabalhar na Assessoria de Imprensa, e consegui. Como desenvolvi a editoração eletrônica, enquanto estive na Editora da Unisc realizei trabalhos por fora, editando livros e diagramando informativos de empresas como a Mercur, a Mor, a Uniodonto e o Colégio Mauá, o que foi muito importante e decisivo na hora de concorrer à vaga na Assessoria de Imprensa da Unisc.

sábado, 17 de abril de 2010

Espaço Aberto via web

O Espaço Aberto da Unisc aderiu, recentemente, à nova mania da comunicação digital, o ChatRoulette. Numa iniciativa do setor de Comunicação Digital da Assessoria de Comunicação da Instituição, uma dupla de músicos que esteve no placo do Centro de Convivência da Universidade, nesta semana, foi vista por usuários do mundo inteiro por meio do site.

O ChatRoulette é um site onde pessoas de todo o mundo interagem, tendo como base principal a webcam. O sistema permite que dois usuários se comuniquem por meio de um chat de conversa online, usando vídeo, áudio e textos. Dessa forma, em qualquer momento um dos dois usuários pode trocar de pessoa com quem está interagindo, iniciando, assim, uma nova comunicação com outro usuário de forma aleatória.

O Espaço Aberto da Unisc é uma sugestão para quem aprecia a música e uma oportunidade para quem a faz. O Projeto iniciou em 1997 e aparece como um meio para artistas, profissionais ou amadores, mostrarem o seu trabalho ao público. Músicos dos mais variados estilos se apresentam no local onde tocam MPB, pop rock, pagode, reggae e até mesmo música clássica. As apresentações ocorrem quinzenalmente às quartas-feiras, das 12h15 às 13h, no Centro de Convivência da Unisc.

Os interessados em participar devem procurar o Setor Artístico- Cultural. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3717- 7346 ou pelo e-mail sac@unisc.br.

domingo, 21 de março de 2010

Praga, República Tcheca

No dia 14 de outubro de 2004, saímos de trem de Karlsruhe, Alemanha, com destino a Frankfurt, onde iniciamos a nossa primeira viagem de ônibus Eurolines pela Europa. O primeiro destino: Praga, capital da República Tcheca. Sempre sonhei em conhecer a Europa, mas tinha um fascínio especial pelo leste europeu. Seus mistérios e histórias são muito interessantes e ficaram escondidas por vários séculos.

A capital da República Tcheca, Praga, sem dúvida é uma das cidades mais bonitas da Europa. Não é roteiro tradicional dos turistas, mas é uma dica que vale a pena. Ela é fascinante por sua arquitetura e seus mistérios que foram aos poucos desvendados, já que o país ex-comunista agora está abrindo suas portas para o turismo.

A cidade tem pouco mais de 1 milhão de habitantes. Palácios barrocos construídos no século 16, na época em que Praga era um ponto de cruzamento na Europa, até hoje encantam os visitantes e abrigam importantes museus e galerias. Na foto, a Ponte Carlos (Karluv Most), que liga a cidade velha a Malá Strana, construída em 1357 por Carlos IV. Sua beleza é indescritível e suas torres são repletas de trabalhos em relevo reverenciando reis e a história tcheca.


Chegamos em Praga às 5h do dia 15 de outubro de 2004. Garoava e fazia muito frio, como em um tradicional filme do leste europeu. Garantimos nossas passagens para Veneza e saímos para passar o dia conhecendo a capital tcheca. Pela primeira vez na vida andei de metrô e, vejam só, logo em Praga. Havia apenas duas linhas, o que facilita para um marinheiro de primeira viagem. Fomos direto ao Castelo de Praga, ponto de partida da história tcheca e para qualquer visitante da cidade.

O castelo foi fundado no século IX pelo príncipe Borivoj. Apesar dos incêndios e invasões sofridos ao longo do tempo, o castelo conservou igrejas insinuantes, capelas e torres de cada período. O pátio data de 1753-1775, época em que o conjunto foi reconstruído nos estilos barroco tardio e neoclássico. Em 1918, o castelo tornou-se sede do governo da Tchecoslováquia, e até hoje o presidente da República Tcheca possui seu gabinete no local.

Praga talvez tenha sido o momento mais tenso de nossa viagem. A língua é totalmente distinta da lógica dos idiomas latinos. Poucos entendiam o inglês, pois é um país ainda jovem em termos turísticos. A moeda ainda é a Koröa e raros lugares aceitam o Euro. Mas Praga é inesquecível, vale a pena conhecer...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Edição em Jornalismo

As inscrições para o curso de pós-graduação Edição em Jornalismo, oferecido pela Unisc, foram prorrogadas até o dia 23 de março, terça- feira. Podem se matricular jornalistas graduados ou que estejam concluindo suas graduações em 2010. As aulas se iniciam dia 9 de abril e têm duração de três semestres, em um total de 360 horas/aula.

As disciplinas serão divididas em seis módulos, com aulas ministradas por profissionais de reconhecida competência acadêmica e profissional. O conteúdo engloba jornalismo impresso (jornais, revistas e design de capas, principalmente), digital (webjornais, blogs, microblogs, infográficos), assessoria de imprensa; jornalismo popular; rádio; imagens (telejornalismo, fotojornalismo, documentários e especiais para a televisão), aspectos organizacionais (planejamento estratégico, aspectos jurídicos administrativos e éticos) e seminários temáticos.

O que se pretende, com o pós Edição em Jornalismo, é oferecer aos alunos a compreensão teórico-conceitual do que representa a edição; em especial no que a função tem de viabilizadora do processo jornalístico como um todo. As informações também podem ser obtidas por meio do twitter, pela http://twitter.com/posedicao. Mais informações no site www.unisc.br/pg/2010/cursos/edicao_jornalismo.html ou, ainda, pelo telefone (51) 3717-7300.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Fotojornalismo

Se tem algo que me fascina na minha profissão é o fotojornalismo. Não estou falando em fotos, simplesmente, e sim em fotojornalismo. Aquelas fotos que dizem tudo, que dão a notícia em si sem precisar muitas palavras.

Mais legal no fotojornalismo é a possibilidade de casar títulos e foto, e esse jogo de palavras e imagens se torna divertido, além de importante e de imensa responsabilidade e competência por parte dos profissionais. Em algumas editorias esse recurso é mais viável, fácil, flexível, até mesmo pelo tom mais descontraído que elas oferecem, como no esporte, na cultura ou em variedades.

É o caso da capa da edição de hoje (24/02/2010) de Zero Hora, onde a foto em anexo vem acompanhada do título "Inter decola na Libertadores", referindo-se à estréia vitoriosa da equipe gaúcha na competição sulamericana. O casamento entre título e foto é perfeito.

No entanto, nada impede que em outras editorias seja possível aplicar esse criativo e descontraído recurso. Basta criatividade, "feeling". E a ocasião permitir, é claro! Em alguns casos, a foto, por sí só, diz tudo, como a imagem postada neste blog no dia 24 de novembro de 2009 (http://lucianoppereira.blogspot.com/2009/11/esta-foto-publicada-em-zero-hora-no-dia.html).

E aqui vou continuar publicando, sempre que encontrar, fotos deste tipo, que destaquem grandes trabalhos e idéias de fotojornalismo. Isso até nos motiva a fazer trabalhos semelhantes. Parabéns a esses profissionais!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Lost


Mais perdidos que os sobreviventes do vôo 815 da Oceanic estão os produtores da série Lost. É comovente ver o rumo que tomou a história que havia começado tão bem, de forma tão impactante, criativa, inovadora, de muito suspense. Tamanho sucesso inicial, certamente, pegou de surpresa os próprios criadores da série, que ficaram sem saber o que fazer, ou inventar, para dar seqüência à trama.

Nunca presenciei na TV ou cinema tamanho desvio de rumo, ou mesmo perda do controle sobre um enredo. De assunto corrente em rodas de conversa sobre TV nas duas primeiras temporadas, Lost passou a cair no esquecimento, no ostracismo, a partir da terceira temporada. Não podia ser diferente. Eu mesmo desisti de assistir. Perdi a paciência.

Com muitas perguntas sem respostas, personagens que entraram e saíram sem motivos aparentes (inclusive Rodrigo Santoro andou perdido por lá), histórias sem nexo, repetitivas intrigas e cansativas situações absurdas, Lost chegou à sua sexta temporada, apresentada como a última. Resolvi, então, voltar a assistir por curiosidade. Preciso saber onde eles conseguiram chegar com tamanha "viagem". Que respostas e explicações irão dar ao seu público. Enfim, curiosidade em saber onde vai dar essa história...

Para isso, dediquei dois finais de semana das minhas férias para me colocar em dia com a trama, assistindo à quarta e à quinta temporadas. Foi difícil, confesso, mas consegui. E hoje comecei a acompanhar a sexta e última temporada. Os dois primeiros capítulos, de uma só vez. Posso dizer que os produtores da série parecem continuar perdidos. Resta saber se eles próprios conseguirão se desvencilhar do emaranhado que eles mesmos se meteram. Até o final do ano, quem sabe, eu volto a escrever sobre a última temporada de Lost. Isso se eu conseguir chegar até o final, é claro...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O mito do gaúcho

As camadas populares sempre perderam no campo da luta, desde Cabral. Por que elas devem continuar perdendo nos livros de História? Segundo o historiador Luiz Roberto Lopez, em sua revisão dos mitos gaúchos, utilizar o nome do povo para encobrir interesses de apenas um grupo significa uma nova derrota popular, na medida em que se impede que um episódio histórico sirva para a formação de uma consciência crítica.

No Rio Grande do Sul, a ideologia construiu o mito do gaúcho. Austero, guerreiro, bravo e herói, surgiu em uma estreita relação com o fato histórico que mais o alimentou: a Revolução Farroupilha. Ao longo do tempo, a visão homogeneizadora do gaúcho tem servido para ocultar relações de conflito e dominação.

Como cabe a nós a busca da verdade, devemos antes lembrar o fato de estar errado o termo Revolução para o levante farrapo. Não foi um revolta popular, levando em conta os interesses em jogo. Mas, na condição de classe subordinada, o povo lutou. A historiadora Sandra Pesavento enfatizou a Revolução Farroupilha como um fato concreto em cima do qual se idealizou a figura do gaúcho, mas que também deixou como herança para o povo do Rio Grande do Sul o seu conteúdo de luta contra a oposição periférica do Estado diante de um governo central ganancioso e opressor.

Nos dias atuais, os gaúchos, como também são chamados os sul-riograndenses, ainda cultivam algumas raízes separatistas, como é o caso do santa-cruzense Irton Marx, que 160 anos depois proclamou a independência do Rio Grande do Sul. Apesar de ter sido o seu ato apoiado por poucas pessoas, muitos gaúchos ainda compartilham da mesma opinião. Porém, não se sabe ao certo se radicalizar seria a solução, já que em muitos aspectos não se teria a total independência.

Mas afinal, quem era então o gaúcho? De acordo com os estudos do historiador Décio Freitas, o gaúcho, longe do que foi idealizado, era apenas a fatalidade de um trabalhador sem estabilidade, abandonado pelo governo central, obrigado a buscar emprego de estância em estância. Seu gosto por revoluções não passava de pretexto para saquear e comer. A sua "liberdade" esteve sempre condicionada às vontades do estancieiro. Seu cotidiano nada teve de lúdico e idílico, como muitos ainda pensam. Apenas o habilitou a enfrentar a árdua Guerra dos Farrapos.

Portanto, reacender a cada ano o espírito do movimento farroupilha tem um objetivo claro entre os gaúchos: utilizar o passado para reforçar a indignação do povo gaúcho do presente, estabelecendo uma analogia entre contextos políticos distintos: nas duas épocas, as misérias deste Estado teriam como único culpado o poder central. É uma luta contra a virtualização da nossa memória.

O problema reside no fato de que, assumindo essa postura rebelde diante das decisões de nosso país, o Rio Grande do Sul está também em um constante pé-de-guerra com a opinião pública brasileira, em todos os âmbitos. sempre contrária ao caráter e postura do gaúcho. Isso dificulta relações, negociações e investimentos, já em conseqüência de diversos outros fatores decorrentes daquele. É o preço que se paga por ser alfabetizado e politizado num país onde historicamente se ensina a não saber.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Futebol Clube Santa Cruz

Ao contrário do que é recomendado pela Federação Gaúcha de Futebol, a diretoria do Futebol Clube Santa Cruz está cobrando o valor integral do ingresso para o público feminino nos jogos da equipe pelo Gauchão. Se a intenção era de lucrar mais com essa medida, mais uma vez, como historicamente tem acontecido no clube, a ideia vem surtindo efeito contrário. O que se vê nos jogos do Santa Cruz são arquibancadas sempre vazias, ausência de famílias no Estádio dos Plátanos e, em especial, do público feminino.

Parabéns ao dirigente que teve essa "brilhante" ideia. Se a torcida do Santa Cruz já tinha a fama de ser fria, ausente e de não apoiar as suas equipes, estão agora conseguindo confirmar ainda mais essa fama, com o apoio dos dirigentes. Uma medida retrógrada, tão deprimente quanto o futebol apresentado pela equipe. Aproveito, aqui, para parabenizar a diretoria do Esporte Clube Avenida pelo respeito e ética para com o seu torcedor que, em troca, tem comparecido em grande número para prestigiar e realmente apoiar o time, mesmo nos momentos mais difíceis.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Viagem entre livros

Mesmo para aquelas pessoas que dizem não gostar de ler, é quase impossível visitar a Feira do Livro de Porto Alegre sem se encantar com a diversidade e a magia que aquela infinidade de livros proporciona. Passear pelos "corredores" de livros da Praça da Alfândega nos faz esquecer da rotina, como se parássemos no tempo e entrássemos em cada uma daquelas histórias...

O efeito mágico da feira inicia no momento em que começamos a caminhar pela praça. Paramos em cada barraca e já nos encantamos, à primeira vista, com a beleza das capas dos livros. Logo, começamos a folheá-los e, quando nos damos por conta, lemos quase todo o livro.

Passam-se vários minutos e você não consegue sair dali. O conselho, então, é reservar não apenas alguns minutos, mas sim algumas horas para visitar o evento que teve em 2009 a sua 55ª edição, realizada de 30 de outubro a 15 de novembro. Para quem nunca foi, vale a pena inserir nos planos para 2010, podendo aproveitar e estender o passeio pela capital. E para quem já visitou a Feira do Livro de Porto Alegre, não é preciso dizer mais nada. Basta "viajar"...

sábado, 23 de janeiro de 2010

Um tempo para as críticas II

A excessiva proximidade do acontecimento e de sua difusão em tempo real cria a indemonstrabilidade, a virtualidade do acontecimento, que lhe retira a dimensão histórica e o subtrai à memória. É a virtualização de nossa mente. Por toda parte onde opera essa promiscuidade há massificação. Iniciaria-se aqui uma complexa discussão a respeito da relação comunicação e poder, assim como a influência da TV nesse aspecto e, cada vez mais, da internet.

Como diria Gilberto Dimenstein, "a mesma mão que controla a imagem controla o corpo e o cérebro do espectador na tentativa de destruir o nosso poder de criticar". Os jovens estão a cada dia mais ignorantes, talvez porque as escolas são ruins (propositadamente), talvez porque os pais não tenham mais tempo de serem educadores, ou talvez porque os jovens passam a maior parte do tempo assistindo ou acessando a lixo.

É claro que essa difusão das informações é necessária, que a Internet veio para nos ajudar e que precisamos ser cada vez mais rápidos e eficientes. Mas por que sermos mais rápidos e eficientes? Não estamos fazendo com que nós mesmos nos forcemos a ser mais eficientes? Por que evoluir tanto, se vivíamos normalmente há dez anos sem tanta informação? Será que é necessário termos acesso a tantas informações se não temos mais tempo nem de discutí-las com quem está ao nosso lado? Não adianta, pois não temos tempo de analisar essas questões. Devemos estabelecer certos limites, analisando também o que as novas tecnologias estão pondo a perder.

Talvez haja uma solução pacífica para isso tudo. Como os modelos atuais de escolas e universidade estão ameaçados pelas novas redes eletrônicas de comunicação, o homem precisa adaptar-se aos novos meios ao invés de considerar as escolas e as universidades acabadas. Estamos em um processo de mudanças no que diz respeito à aquisição de conhecimentos e, se pensarmos bem, não precisamos mais freqüentar as salas de aula. As mudanças exigem reformas nos métodos de ensino, que exigem agora um intercâmbio de conhecimento por meio do incentivo à inteligência coletiva dos estudantes, ao uso das novas técnicas e à orientação para as carreiras individuais, contribuindo para o reconhecimento do conjunto das capacidades dos indivíduos, inclusive os conhecimentos não-acadêmicos. Vamos dar um tempo para as críticas! É hora de agir...

(Texto publicado no Jornal Gazeta do Sul de 23/10/1998, pág. 4)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Um tempo para as críticas I

A velocidade com que a realidade virtual se desenvolve é preocupante. Ao mesmo tempo em que facilitam a nossa vida e o acesso à informação, as novas tecnologias "virtualizam" a nossa memória, isto é, remetem-nos a lembrarmos e pensarmos apenas naquilo que está à nossa frente.

As dimensões do próprio tempo confundem-se no tempo real. Invenções que dizimam negócios não são nada de novo. A novidade fica por conta do ritmo das descobertas e a facilidade de sua implantação. Existe, hoje, um receio em relação às novas tecnologias, já que elas estão provocando nas pessoas uma certa fadiga da informação. Como encontramos tudo sem sair de casa, passamos a não procurar o novo, perdemos o senso da descoberta, da busca de um sentido para as coisas. A virtualidade nos dá tudo, mas ao mesmo tempo tudo esconde. Não procuramos as nossas próprias saídas, e sim aquelas que estão disponíveis à nossa frente.

Sofremos de uma paralisia da capacidade analítica. Não só pela velocidade com que as comunicações avançam, mas também pelo fato de que as 24 horas do dia se tornaram insuficientes para que o homem absorva tantas informações, não restando tempo para leituras e outros exercícios de nosso senso crítico. Apesar dos instrumentos de comunicação se multiplicarem, o potencial de captação do homem (físico, mental e psicológico) continua restrito.

(Texto publicado no Jornal Gazeta do Sul de 23/10/1998, pág. 4)

90% das empresas proíbem acesso a redes sociais

Cerca de 90% dos conselhos administrativos proíbem o acesso a redes sociais no ambiente de trabalho. A constatação faz parte dos resultados de estudo global realizado pela Socitm (do inglês, Sociedade de Gestão da Tecnologia da Informação) – órgão sediado na Inglaterra e que promove o gerenciamento eficiente da TI – com o apoio da consultoria Gartner.

Pelo levantamento, 67% dos conselhos administrativos baniram completamente o acesso às redes sociais do ambiente de trabalho por meio do bloqueio das páginas dos principais sites. Os 23% restantes permitem que os colaboradores acessem seus perfis na web apenas em horário de almoço ou fora das horas de trabalho.

No que tange aos motivos pelos quais as companhias não liberam o acesso aos sites como LinkedIn, Facebook, Twitter, 64% dos respondentes afirmaram que temem pela exposição a vírus e outras ameaças às quais os computadores das empresas estarão sujeitos nas redes sociais.

Além disso, 63% dos entrevistados informaram que acessar essas páginas representa perda de tempo para os funcionários. Riscos relacionados à reputação das companhias e ao vazamento de dados confidenciais também foram apontados pelos participantes do estudo como barreiras à liberação das redes sociais.

Nesse contexto, o coautor da pesquisa, Christopher Head, defende que é papel dos Chiefs Information Officer (CIOs) educar os demais executivos das empresas sobre os benefícios das redes sociais e mostrar que há maneiras de acessá-las de forma segura. “Para convencer os membros do conselho, o gestor de TI precisa mostrar como as políticas de segurança funcionam e quais são os benefícios práticos que podem ser atingidos por meio da liberação ao acesso a tais sites”, diz ele.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O que fazer quando se é a fonte?

A condição de fonte pode dar a falsa impressão de um poder que não existe. Quem pauta, quem tem o comando da situação, é a mídia. Na entrevista, os jornalistas utilizam-se de alguns mecanismos para obter informações. Mudando de papéis ele se ajusta àquele no qual o entrevistado fica mais à vontade para falar. Esse jogo, de lances delicados e sutis, permite que o jornalista conduza a entrevista da maneira mais convincente para ele, por isso exige atenção de quem está sendo entrevistado. O entrevistado não pode esquecer que, no final, quem tem a última palavra é a imprensa e é ela quem controla a opinião pública.

Por isso o entrevistado deve sempre explorar o tema, ampliar a pauta, enriquecer a matéria com novos ângulos e observações, mostrando outras perspectivas e dimensões. Deve estar sempre bem informado sobre o assunto a ser tratado, por isso é importante reunir material de consulta sobre o tema e ler os jornais do dia, principalmente os assuntos ligados à organização ou instituição.

Quando o contato for para esclarecer notícia negativa, a fonte deve limitar-se ao tópico abordado, não tentando, em hipótese alguma, iludir o repórter. O jornalista sempre buscará outras fontes. Por isso, transparência é o melhor caminho para lidar com a imprensa. A prática tem mostrado que, no caso de matérias negativas, antecipar-se à mídia é melhor do que explicar o foi publicado. Nesse caso, o efeito pode ser irreversível.

Não se deve privilegiar sempre o mesmo veículo com uma matéria de primeira mão. A relação com os jornalistas deve ser de mão dupla. Quando eles precisarem da fonte ou da Instituição, ela deve estar disponível. Essa relação garante uma boa disposição da imprensa.

Um problema comum no relacionamento da fonte com a imprensa são as entrevistas longas, que geram a expectativa por uma grande matéria. O repórter não é o dono do espaço. A produção da notícia passa por um longo caminho até a publicação. Por esse motivo, a fonte deve prestar as informações da forma mais clara e objetiva possível, buscando enfatizar sempre a informação que considere de mais destaque ou relevante.

Outro cuidado são os clichês. É preciso evitar expressões e frases prontas, pois indicam pouca profundidade e desconhecimento da matéria abordada. O mesmo vale para jargões internos ou siglas, preferindo-se a utilização de um vocabulário que possa ser compreendido por todos.

A mídia alimenta-se da controvérsia e do conflito, mas o jornalista deve ser encarado como um agente importante nos objetivos de comunicação da Empresa. Ele é um profissional em busca de informações, não um adversário. Deve-se sempre retornar o contato de um jornalista, conquistando a sua confiança. Em nenhuma hipótese deve-se insinuar algo que não possa ser falado abertamente. As reticências poderão ser interpretadas indevidamente. Por fim, pode-se aproveitar o contato para indicar novas pautas ao jornalista.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Meu aniversário

Nem festa, nem churrasco com os amigos, nem janta com a família, nem torta com os colegas de trabalho. Comemorei meus 36 anos no Beto Carrero World, dia 4 de janeiro. No mínimo, um aniversário diferente, junto com a minha esposa Daiana, minha sobrinha Nathalia e meu irmão Cristiano. Me senti criança novamente, se é que algum dia deixei de ser.

As imensas filas, seja na rodovia ou nos brinquedos do parque, não nos desanimaram. Nem mesmo o calor infernal da região, que eu já conheço muito bem dos meus nove anos em que morei em Blumenau. Mas eu ainda não conhecia o tão famoso parque temático do Beto Carrero. O preço é bem salgado, R$ 88 por pessoa, com acesso a quase tudo, mas como aniversariante não precisei pagar.

Para quem quer curtir bem tudo o que o parque oferece, o ideal é mesmo dois dias. E o preço vale para dois dias. Mas como tivemos que viajar 250 quilômetros de Garopaba até a praia de Armação, planejamos mesmo curtir em apenas um dia o máximo que pudéssemos. E foi o que fizemos.

Sinceramente, fui ingênuo em pensar que não haveria muita gente em plena segunda-feira. Muito ingênuo. O parque estava lotado. Fila para todos os brinquedos. Mas visitamos o zoológico, nos divertimos nos brinquedos aquáticos, andamos no trem fantasma, assistimos ao cinema 180º. Foi um dia diferente. Um aniversário diferente. E realmente vale a pena visitar o Beto Carrero World. Tem diversões para crianças dos 8 aos 80 anos.

Sem dúvida, não irei esquecer do meu 36º aniversário. E para completar a nostalgia, um toró d'água caiu no final do dia e o banho de chuva foi inevitável. Ruim? Que nada, só aumentou a diversão. Na volta pra casa, uma paradinha providencial em Itajaí para comer um Big Mac.

Enfim. Para quem já está veraneando no litoral catarinense, é uma boa pedida. Confira mais no site http://www.betocarrero.com.br.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Pesca ilegal em Garopaba

Uma cena inusitada chamou a atenção dos banhistas de Garopaba, SC, nestes primeiros dias de 2010. Uma a uma, onze embarcações de pesca foram se atracando na enseada a partir do 31 de dezembro. Aos poucos, o mistério foi sendo desvendado pelos nativos do município e causando indignação e revolta entre pescadores locais e turistas.

As onze embarcações, segundo os pescadores de Garopaba, vêm à enseada para praticar a pesca ilegal da Manjuba, uma espécie de pequena sardinha que nesta época busca refúgio nas enseadas do litoral catarinense. As embarcações, pertencentes a empresas de Itajaí, Florianópolis, Rio Grande, entre outras cidades, utilizam redes de pesca proibidas pelo Ibama, capazes de recolher espécies de peixes de tamanho mínimo, ou filhotes de outros peixes prejudicando a sua reprodução.

"Estamos há dois dias sem pescar nada", reclamou um dos pescadores de Garopaba. "É um absurdo, vivemos da pesca e esse pessoal vem destruir o nosso ganha-pão".

Revoltados, os nativos do município, com o apoio de alguns turistas, realizaram um ato de protesto neste sábado, dia 2. Recolheram uma das redes ilegais usadas pelas embarcações, como prova da pesca ilegal, e acionaram polícia e Ibama. Com rojões atirados contra as embarcações, eles tentaram intimidar os infratores.

"Os caras estão armados, não temos nem como chegar perto", acusam os pescadores. "E tem gente que está apoiando em troca de 'auxílios'", acrescentam. Até a madrugada deste domingo, dia 3, oito embarcações ainda permaneciam em Garopaba.

(Foto: Luciano Pereira / Garopaba, SC)

Coletiva de Imprensa

Uma coletiva de imprensa deve ser exigida apenas quando o assunto for amplamente relevante, atual e de influência na comunidade, ou quando for com personalidade reconhecida no Estado ou País. É utilizada também para apresentação de resultados, aquisições ou novos serviços que exijam demonstração e/ou diálogo mais complexo. Assuntos específicos ou técnicos comprometem o sucesso da coletiva de imprensa.

De preferência, deve ser feita entre 11h e 17h, respeitando os prazos das redações de jornais diários. É um momento único. Não há necessidade de se fazer uma entrevista coletiva para prestar informações já conhecidas ou publicadas. Nesse sentido, é preciso haver o comprometimento de divulgar as informações apenas no momento da coletiva de imprensa, simultaneamente para todos os veículos.