domingo, 27 de dezembro de 2009

Uma mochila, um mapa e o mundo à disposição

Santo Agostinho escreveu um dia: "O mundo é um livro, e os que não viajam acabam lendo só uma página". Não importa se se está partindo para umas férias em Londres ou para um lugar extremamente exótico: viajar transforma as pessoas. Às vezes de modo superficial, às vezes de maneira profunda. É como uma sala de aula sem paredes.

Viajar é algo pessoal. Duas pessoas jamais saem da mesma experiência levando as mesmas memórias. Segundo Mark Twain, no seu livro The Innocents Abroad (Inocentes no exterior), viajar é fatal para preconceitos, para o fanatismo e para as mentes estreitas. As viagens desfazem muitas das más impressões, confirmam as positivas e prometem numerosas surpresas.

Viajar torna a mente mais curiosa, o coração mais forte e o espírito mais alegre. E uma vez que a mente se expanda dessa maneira, jamais poderá voltar ao seu tamanho original. O número de quilômetros que se percorre nada tem a ver com os verdadeiros prazeres proporcionados pela viagem. A beleza inerente ao mundo, assim como a sensação de descoberta que ela nos promete, está em toda parte à nossa volta.

Qualquer viagem está sujeita a provocar frustrações - as expectativas são sempre grandes e tudo pode dar errado. A sugestão é levar sempre na mala muita curiosidade e paciência. Dar a si mesmo o direito de errar o caminho, tomar desvios inesperados, de se perder. Não existem viagens ruins, só boas histórias para serem contadas na volta. E jamais se deve esquecer: quando se está visitando outro país, é você que tem hábitos exóticos.

Aonde quer que se vá, sempre haverá pessoas boas. E quanto mais tempo se dedicar a entender os outros, mais se compreenderá a si próprio. Uma viagem para o exterior é, acima de tudo, uma viagem para o interior de nós mesmos. Portanto, como disse Mark Twain, "navegue para longe do porto seguro. Explore. Sonhe. Descubra".

(Baseado no livro 1.000 lugares para conhecer antes de morrer, de Patricia Schultz. Foto: Luciano Pereira / Amsterdan, Holanda)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal e um ótimo 2010...

Recebi esta mensagem na semana de Natal e caiu como uma luva para mim. Queria compartilhar com meus amigos, colegas de trabalho, enfim, todos que, de alguma forma, fizeram parte da minha vida neste ano que se encerra:

"Desejo que a vida seja um canteiro de oportunidades para você...
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos seus invernos seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo.
Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida.
E descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Aproveitar as perdas para refinar a paciência, as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer e os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo. Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível.
Porque você, você é especial!"


A todos, um Feliz Natal e um 2010 cheio de paz e alegria!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Veneza: um museu a céu aberto

Veneza foi erguida nas margens lamacentas de uma lagoa, com canais no lugar de ruas. Originalmente uma província do Império Bizantino, por volta do século 12 tornou-se uma cidade-Estado independente. O controle da seda e das especiarias vindas do oriente fez dela a nação mais rica da Europa. As margens dos canais estão cercadas de lindos palácios, erguidos entre esse período e o século 18.

Veneza perdeu autonomia em 1797 e, desde então, parece ter parado no tempo. Mas nunca perdeu o seu charme e glamour de outras épocas! Uma extensa ponte liga a parte nova da cidade até a cidade histórica. Chegando lá, há um imenso estacionamento e as estações de trem e de ônibus. A partir dali, só se anda a pé ou de barco.

O Canal Grande de Veneza é considerado "a rua mais bonita do mundo", não precisa explicar muito o porquê. Com aproximadamente 4 km de extensão e com uma profundidade que varia de 30 a 70 metros, é cortado por três pontes: Scalzi, Rialto (foto) e Accademia.

O canal serpenteia a cidade e pode ser explorado pelos vaporettos, os "ônibus aquáticos de Veneza". Os palácios que o margeiam foram construídos ao longo de cinco séculos e oferecem vista panorâmica da história local.

Como toda a Veneza, tudo tem mais de mil anos de história. A Basilica di San Marco é considerada uma das construções mais grandiosas da Europa, erguida em forma de cruz grega e coberta por cinco cúpulas. No seu interior encontra-se vários mosaicos dourados e tesouros como estátuas, ícones e cópias de cavalos, levados depois que a Quarta Cruzada saqueou Constantinopla, em 1204.

Para fechar com chave de ouro, antes do canal encontrar o Mar Adriático encontra-se o Pallazo Ducale, ao lado da Basilica di San Marco, que hoje funciona como um museu que conta toda a história veneziana. Veneza é uma aula de História incomparável!

Gerenciamento de crises

Saber lidar com possíveis crises é um dos maiores problemas das empresas. Normalmente, a direção não está preparada para situações inusitadas, inesperadas. É notória a grande vulnerabilidade que as empresas demonstram nesses momentos, transmitindo à opinião pública uma imagem muito diferente daquela construída ao longo dos anos. Depois do esforço de se construir uma identidade de solidez, empreendedorismo e força, é possível, em uma única situação de crise, deixar transparecer toda a fragilidade e inanição presentes dentro da organização.

O comportamento da imprensa em uma situação de crise empresarial pode ser fatal para a imagem da instituição. Nesses momentos a empresa, imediatamente, é assediada pela imprensa. E caso os componentes da diretoria não queiram dar entrevista ou omitam informações, provavelmente os jornalistas irão buscar outra fonte e é bem provável que qualquer outra pessoa dentro da empresa, da secretária ao porteiro, resolva falar ou omitir opinião, sem conhecimento aprofundado da situação, agravando ainda mais a crise.

Portanto, é muito importante que o porta-voz, ou assessor de imprensa, esteja preparado para falar com a imprensa, estando a par de toda a situação. De preferência, a direção da empresa deve indicar alguém responsável para conversar com os jornalistas. O importante é não fugir ou evitar a mídia, ser transparente. A omissão de fatos que logo após virão naturalmente à tona por meio de outras fontes faz com a empresa perca credibilidade. Se isso ocorrer, a situação torna-se quase irreversível.

Nesse sentido, o media training tem o papel também de preparar os profissionais de uma empresa para momentos de crise. O primeiro passo é contatar a assessoria de imprensa e colocá-la por dentro de toda a situação. O segundo é elaborar a forma mais clara, objetiva e transparente de divulgar a informação. Por último, determinar quem deve falar pela empresa. Dependendo do caso, poderá ser organizada uma coletiva de imprensa.

Como saber se o assunto gera notícia?

Fazer entender por que nem sempre uma informação que parece notícia para um setor não é vista da mesma forma pela Assessoria de Imprensa não é uma tarefa simples. Constantemente é preciso fazer com que as fontes compreendam que, para que um fato vire notícia, deve atender a critérios jornalísticos. Esses critérios ajudam a discernir entre o que é e o que não é considerado notícia.

Cabe lembrar que o trabalho da assessoria de imprensa é traduzir, ou popularizar, as ações desenvolvidas na Instituição, a fim de atrair o leitor e mostrar em que situação aquele projeto ou pesquisa será importante para a sociedade. E isso deve ser sempre esclarecido às fontes em potencial da Instituição. Os critérios jornalísticos são os seguintes:

1) Ineditismo: a notícia inédita e atual é sempre mais importante do que a já publicada ou que já tenha acontecido há muito tempo. São necessários dados práticos, concretos. Ex.: a empresa divulgou nesta semana os resultados de uma pesquisa.

2) Improbabilidade: a notícia menos provável é mais importante do que a esperada. É preciso ter algo novo ou um diferencial para chamar a atenção da imprensa e, conseqüentemente, do leitor. Por exemplo, divulgar na imprensa um trabalho ou um setor já conhecido é muito difícil se não houver algo novo ou um fato que sirva como “gancho”.

3) Interesse: quanto mais pessoas possam ter a sua vida afetada pela notícia, mais importante ela é. O vestibular, por exemplo, é uma notícia fácil de ser publicada, pois envolve o futuro de milhares de pessoas, entre candidatos e familiares.

4) Apelo: quanto maior a curiosidade que a notícia possa despertar, mais importante ela é. Ex.: o Jornal da Unisc de agosto de 2004 aproveitou a pesquisa “Impacto Social e Econômico da Unisc em Santa Cruz do Sul” para chamar o leitor pela curiosidade e apresentar os serviços oferecidos pela Universidade.

5) Empatia: quanto mais as pessoas se identificarem com o personagem e a situação da notícia, mais importante ela é. Também tomando como exemplo o Jornal da Unisc, a seção “Vida de Aluno” utiliza-se deste recurso para atrair o leitor ao jornal.

6) Proximidade: quanto maior a proximidade geográfica entre o fato gerador da notícia e o leitor, mais importante ela é. Ex.: uma informação de interesse dos funcionários da empresa dificilmente terá espaço em veículos de comunicação fora do campus, mas terá repercussão no informativo interno ou house organ.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Meu herói

Há três anos, meu herói morreu!
Achei que isso fosse impossível, mas, infelizmente, a vida não é uma história em quadrinhos, onde os heróis são imortais!

Mas meu herói nunca se entregou! Lutou sempre contra todos os seus desafios e inimigos com muita garra e determinação, e jamais baixou a cabeça... Poucas vezes caiu, mas se levantou com mais força e amor! E sua força vinha sempre de um único lugar: a família!

Raras são as pessoas que se entregam tanto à família. E meu herói era assim. Poderia escrever um livro com todos os seus exemplos.

Meu herói era diferente dos demais. Ele lutava usando palavras, não armas. Superava obstáculos com sabedoria, não agressões. Administrava a discórdia com amor e diálogo, nunca com rancor ou vingança.

Meu herói não sabia o que era ódio. Não tinha inimigos, só desafios. Não sabia dizer não. Ajudar não era uma obrigação, fazia parte de seu caráter.

Meu herói cuidava de mim, assim como de toda a família. Lembro que, mesmo em sua última e mais difícil batalha, com todas as dificuldades, me acordou no meio da noite, no hospital, para colocar carinhosamente um cobertor sobre mim. E eu é que deveria estar cuidando dele. Mas ele é meu herói, e como tal nunca me deixou sozinho!

Lembro também de ver ele pacientemente consertando a porta do quarto, para que o ranger dela não atrapalhasse mais os outros pacientes. Esse é o meu herói.
E essas são as últimas imagens que levarei de meu herói, de tantas outras que carinhosamente serão lembradas. Ele amava e ajudava a todos, mas daria a vida por sua família.

Infelizmente, meu herói não é imortal, como os heróis dos quadrinhos. Venceu todas as batalhas, mas não pôde superar a vontade de Deus. Mas, com certeza, sua presença em nossos corações será eterna.

A essa hora, já deve estar ajudando alguém lá em cima e cuidando de nós. Ele sempre cuidou de nós. Sempre cuidará. Ele segurou minha mão até seu último suspiro... Não me abandonou nem quando estava partindo. Porque ele é nosso herói!

E se existe mesmo uma porta de entrada no céu, com certeza ela já não é a mesma. Ele já deve ter achado algum defeito, balançado a cabeça e, com a velha autoridade de sempre, consertado. Porque ele é um herói!

Está sendo difícil, e será para sempre viver sem ele. Não ouvir mais a sua voz, os seus conselhos. Não ver ou ouvir aquele sorriso autêntico, verdadeiro. Tudo isso não sai da minha cabeça.

Eu sabia que esse dia chegaria, mas eu não queria acreditar nisso. Eu ainda tinha esperanças que meu herói, como o grande herói que era, seria imortal como os heróis dos quadrinhos. E acreditei nisso até o último segundo!

Mas como disse antes, descobri que ele é um herói diferente dos demais. Tão forte que, se fosse um homem comum, teria nos deixado muito antes. Mesmo a morte teve que suar muito e ser muito insistente para derrubá-lo. Porque ele é um herói especial, tão especial que foi chamado por Deus para ajudá-lo em sua missão.

Que Deus o tenha! Sentiremos sua falta, mas seremos sempre felizes e agradecidos por termos tido o privilégio de poder conviver tantos anos com ele!

Meu herói não era imortal, mas é eterno! E não terei vergonha de chorar todos os dias do resto de minha vida pela falta que sentirei dele.

Um abração a todos os felizardos que tiveram a honra e o orgulho de ter um herói como o vô Ovídio!

sábado, 28 de novembro de 2009

O tempo

Nem bem terminamos o mês de novembro e já podemos ouvir o "tilintar" dos sinos de Natal, embalados pelas campanhas publicitárias. Vitrines com árvores e enfeites alusivos à data antecipam em mais de um mês o clima natalino e aumenta a nossa sensação de que o ano encurtou.

E é nesse período que começam as reflexões, e a que mais me prende é a velocidade com que as coisas vem acontecendo. A percepção coletiva de que a cada ano a curva de aceleração do tempo aumenta me intriga. Na minha opinião, essa tendência é reflexo do excesso de informações a que temos acesso atualmente e a velocidade com que elas chegam até nós. A racionalidade do tempo se perdeu em meio a tantas respostas instantâneas que buscamos diariamente.

Por exemplo, as horas antes "perdidas" em uma biblioteca foram substituídas por dois ou três cliques no Google. Se antes enviávamos cartas e esperávamos duas semanas por uma resposta, hoje ficamos impacientes se nossos contatos no msn demoram 20 ou 30 segundos para escrever algo. Tudo é instantâneo. Não há mais limite de espaço e tempo. Temos acesso a tudo, ou quase tudo, e a todos, em qualquer parte do mundo, a qualquer momento.

E aí passam-se os anos. Quando nos damos conta estamos em novembro e já ouvindo canções natalinas. Eu olho para trás e vejo um ano em que aconteceram muitas coisas, mas que parece que ficaram tantas outras de lado, esquecidas. Tentamos recuperar o que perdemos, mas parece não haver tempo suficiente. E assim caminhamos!

Buscando um sonho muitas vezes deixamos de lado aquilo que temos de mais concreto e valioso. Mas não vale viver se não for para correr atrás de sonhos. A vida perde o sentido a partir do momento em que não temos mais objetivos. E para buscá-los, é preciso sonhar.

O que fica, deste ano, é uma frase dita por uma amiga: nada é por acaso! Foi um ano complicado. Muitas reflexões, muitas indecisões, dúvidas, autoavaliações, erros e acertos. Mas, nada é por acaso. Tudo tem uma razão de ser. No meu caso, aprendi muito quando pensava que já sabia tudo.

Enfim, 2009 passou. Foi um ano maravilhoso, apesar de tudo! E espero apenas que 2010 seja tão bom ou ainda melhor que este ano!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A língua espanhola na América do Sul

Em todo o continente americano, apenas cinco países não têm a Língua Espanhola como idioma oficial. Isso, por si só, já seria o suficiente para justificar a necessidade de se conhecer não só o idioma espanhol, mas também a história e a cultura da Espanha e dos países por ela colonizada, em especial na América do Sul.

O Brasil, maior país do extremo sul da América, faz fronteira com 13 países. Destes, 10 falam a Língua Espanhola. Com a criação do Mercado Comum do Sul (Mercosul), em 1991, ter fluência no idioma espanhol tornou-se imprescindível para os brasileiros. O mais importante bloco econômico da América do Sul uniu os interesses comerciais da Argentina, do Brasil, do Paraguai, do Uruguai e, mais recentemente, da Venezuela.

Pensar em desenvolvimento, hoje, é pensar nas possibilidades que podem ser proporcionadas por esses países, inclusive na área da educação. É o caso da Universidade de Santa Cruz do Sul – Unisc, que hoje possui convênios com instituições de ensino superior do Uruguai, do Chile e da Argentina, além do México e da Espanha.

E essas parcerias vão além de intercâmbios acadêmicos. As universidades conveniadas são ou ainda podem vir a ser parceiras em projetos de pesquisa que beneficiem as suas regiões de abrangência, promovendo o desenvolvimento regional. É pensar globalmente para agir localmente.

Sendo assim, é de fundamental importância profissionais buscarem o conhecimento da Língua Espanhola. Apesar das dificuldades iniciais, naturais em um processo como esse, de interesses e culturas diversas, acredita-se no desenvolvimento do Mercosul. Essa integração econômica, bem sucedida, resultará no desenvolvimento econômico dos países membros, além de facilitar as relações comerciais entre o Mercosul e outros blocos econômicos, como o Nafta e a União Européia.

Em breve, as relações comerciais não ocorrerão mais entre países, mas sim entre blocos econômicos. E, se participar de um bloco econômico forte vai ser de extrema importância para o Brasil, estar preparado para essas mudanças será questão não só de sucesso, mas de sobrevivência.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Metallica em Porto Alegre

Depois de realizar o sonho de ir a uma show do Iron Maiden, em 2008, agora é o Metallica que virá pela segunda vez a Porto Alegre. Será no dia 28 de janeiro, no Estádio do São José! Na capital, a pré-venda exclusiva para clientes dos cartões Credicard, Citibank e Diners ocorrerá de 26 de novembro a 2 de dezembro.

As vendas de ingressos para o público serão abertas dia 3 de dezembro a partir da 0h pela internet (www.ticketmaster.com.br), a partir das 9h pelo Call Center (4003-8282), a partir das 10h nos pontos de venda espalhados pelo País e a partir das 11h na bilheteria oficial do show, localizada na Loja Multisom, Rua dos Andradas, 1001 – Centro. Mais informações no site www.showmetallica.com.br.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

O mundo perdido


Guardo esta foto desde o dia 19 de julho de 1997, quando foi publicada em Zero Hora. Ela comprova que, muitas vezes, uma imagem realmente vale por mil palavras.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Campeonato maluco, mas emocionante!

Quem diria... O Inter é favorito ao título! Não matematicamente, mas pelas circunstâncias.

Eu queria evitar escrever sobre esportes no meu blog, mas esse Campeonato Brasileiro está tão maluco que é inevitável comentar. Vejam bem! Se na próxima rodada o Flamengo empatar ou perder para o Corinthians e o São Paulo perder para o Goiás, ambos os jogos fora de casa, e o Inter vencer o já rebaixado Sport em Recife, a equipe gaúcha chega na última rodada dependendo apenas de sí para ser campeão... Resultados totalmente possíveis de acontecer.

Há três rodadas o Inter nem estava na zona de classificação à Libertadores e já se tinha como descartada a sua chance de chegar ao título. E olhando pela tabela das últimas duas rodadas, os próprios comentaristas do eixo Rio-São Paulo apostam as fichas no time de Mário Sérgio e cia.

A questão, no entanto, é se o time do Inter quer ou não ser campeão brasileiro. Já teve todas as chances de liderar com folga a competição, mas todas as vezes em que a liderança batia à sua porta, a pressão falava mais alto. A mesma pressão que acabou derrubando o Flamengo neste domingo.

A diferença, agora, é que Juliano está em campo e desequilibrando, como já fazia antes de desfalcar a equipe por mais de um mês para defender o Brasil pelo Mundial Sub-20. Por coincidência, a maior queda do Internacional foi nesse período sem Juliano, que saiu do banco de reservas para se tornar, durante a competição, a referência técnica da equipe.

Enfim, a reta final promete ser emocionante, consolidando esse sistema de pontos corridos em que cada jogo é uma decisão. Todos os times lutando por algo até o último momento, empurrados por suas torcidas. E as equipes, a cada ano, estão se dando mais conta disso. Eu aposto em Inter ou São Paulo para o título. O Flamengo desperdiçou a sua chance neste domingo.

domingo, 22 de novembro de 2009

Outras dicas para uma boa entrevista

- Não queira controlar a mídia. A lógica da imprensa não é a mesma lógica da empresa.
- Cuidado para não misturar jornalismo com publicidade.
- Não queira responder toda e qualquer matéria negativa, por menor e insignificante que seja. Se coerentes, algumas críticas devem ser absorvidas, analisadas e compreendidas. É um papel que a imprensa está cumprindo.
- Não discrimine veículos ou jornalistas. Pequenos veículos possuem seus nichos de mercado e um profissional que hoje está em um pequeno jornal amanhã poderá ser o editor da grande imprensa.
- Diga sempre a verdade e não sonegue informações. Ocultá-las pode ser a notícia do dia seguinte.
- Não tenha medo de ser notícia. Timidez, medo de se expor ou excesso de burocracia fazem a empresa perder espaço.

Dicas para uma boa entrevista - Televisão

- Trajes básicos, sem enfeites.
- Roupas escuras impõem mais seriedade e maturidade, enquanto que as mais claras insinuam transparência, leveza e participação. Avalie o que deseja alcançar.
- Evite roupas com listras finas, xadrezes pequenos e com grandes áreas brancas ou vermelhas. Elas provocam efeitos desagradáveis e desviam a atenção.
- Cores neutras são as ideais, como marinho, preto, cáqui, tons de cinza ou bege, castanhos, e tons escuros de bordô, verde ou roxo.
- Maquiagem discreta, em tons naturais. Batom deve ter cor e ser usado sem brilho.
- Jamais largue o corpo ou coloque as mãos no bolso ou às costas. Gesticule moderadamente, de forma natural.
- Facilite a edição. A TV trabalha com depoimentos objetivos e precisos. Procure resumir sua resposta em três ou quatro frases curtas, diretas e objetivas.
- Assim como no rádio, evite jargões e termos complicados.
- Olhe para a câmera, mostrando interesse pelo telespectador. Se o repórter ou apresentador estiver falando, olhe para ele.

Dicas para uma boa entrevista - Rádio

- O som deve suprir a ausência da imagem. Portanto, o entrevistado deve pronunciar as palavras clara e corretamente.
- As frases devem ser curtas e objetivas.
- Para cativar a atenção do ouvinte, voz e entonação são fundamentais. Mantenha a naturalidade, não decore tudo o que vai falar. Fale diretamente ao ouvinte.
- Informações importantes devem ser repetidas de maneira variada. No final, transmita a idéia central em uma frase-resumo.
- Evite o excesso de palavras e expressões de apoio, como “né”, “e daí”, “então” etc., ou de jargões vazios, como “frio e calculista”, “últimos retoques”, “a nível de” etc., além de siglas internas e palavras difíceis.
- Fuja de palavras e expressões que soam mal (cujo, imputa, conforme já disse etc.).
- Não use números complexos, a menos que seja inevitável. Ao invés de 9,8%, diga cerca de 10%.
- Rádio é serviço. Tenha sempre em mãos os endereços, horários, números de telefones, e-mails etc.

Dicas para uma boa entrevista - Mídia Impressa

As peculiaridades de cada meio de comunicação exigem cuidados especiais no momento de uma entrevista. O tom de voz e a clareza são importantes no rádio e na televisão, e em entrevistas ao vivo a fonte deve estar devidamente preparada com as informações em mãos. Na TV adiciona-se ainda os cuidados com as cores das roupas e com a maquiagem, além dos gestos e postura.

Na mídia impressa, o entrevistado deve ser preciso e objetivo ao dar informações, indo direto ao ponto a ser destacado, já prevendo a edição da matéria por parte do editor. Tudo isso deve ser aliado, ainda, ao bom relacionamento com o repórter e ao conhecimento do ritmo de trabalho de cada veículo. Tudo para consolidar uma boa imagem da empresa na mídia e, conseqüentemente, com o público. A seguir, alguns cuidados que devem ser levados em conta na hora da entrevista.

Na mídia impressa
- Pense no leitor em primeiro lugar. A matéria-prima dos veículos de comunicação é a novidade que possa interessar ao público. Antes de mais nada, o fato deve ser atual.
- Não convoque entrevistas sem dispor de informações concretas, úteis e importantes para transmitir. Avalie, antes, o valor da informação.
- Respeite os prazos e horários da imprensa. Entrevistas ou divulgação de notícia feita pela manhã ou início da tarde sempre têm melhores chances de serem aproveitadas.
- No caso das fotos, atenção para o local, as roupas, os gestos e os objetos.
- Jamais peça para ler a matéria. Isso sugere desconfiança e pode ser entendido como forma de intimidar ou interferir no trabalho do jornalista.

O "media trainning" em uma instituição

O trabalho de assessoria de imprensa é uma negociação constante, onde a credibilidade é a palavra mais forte. E credibilidade, no relacionamento com a imprensa, se conquista mediante fontes confiáveis, disponíveis, relacionamento constante e informação de qualidade. Em função disso, o trabalho de media trainning é fundamental para uma empresa. Seja para jornal, rádio, televisão ou portais de internet, o bom andamento de uma entrevista e o tratamento cordial com os jornalistas garantem uma imagem positiva da Instituição e, principalmente, rendem generosos espaços na mídia.

O assunto foi tema do relatório final do MBA em Comunicação Empresarial que fiz entre os anos de 2005 e 2006 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). O trabalho originou um manual que foi impresso e entregue a cada setor da Instituição, em especial para professores e pesquisadores que, periodicamente, se dispõem para falar à imprensa.

Tecnicamente, “media training é um treinamento para ensinar as fontes de uma empresa ou instituição a lidar com a mídia". Mas o trabalho não teve a intenção de apenas ensinar a dar entrevistas. O objetivo foi oferecer também dicas fundamentais para o bom relacionamento com a imprensa e de postura em entrevistas, visando prestar informações ao público de forma clara e objetiva e evitar notícias distorcidas.

Mais do que nunca, comunicação é poder. E estar na “vitrine” dos principais veículos de imprensa é um diferencial na concorrência. Por isso tudo, o media training não deve se limitar a diretores e executivos. Necessariamente, precisa chegar a diferentes níveis do quadro de funcionários: gerentes, secretárias, pessoal da portaria. O que vai diferenciar um público do outro é o foco.

Diretores e executivos vão aprender a dar entrevistas, manter contatos com jornalistas, falar de temas estratégicos. Os gerentes vão aprender a mesma coisa, só que numa escala menor de profundidade. O restante do pessoal precisa saber atender bem. E estar preparado para enfrentar situações que escapem à rotina, como a súbita chegada de uma equipe de televisão na portaria ou a insistência de um repórter que não quer se dirigir à área de comunicação da instituição.

Nos textos a seguir, irei apresentar dicas para uma boa entrevista em cada um dos veículos de comunicação. Espero que seja útil tanto para entrevistas em si quanto para trabalhos acadêmicos.

Oh, linda cidade...

Olinda está a apenas seis quilômetros de Recife, capital de Pernambuco, o que faz com que os dois destinos sejam incluídos na maior parte dos roteiros de quem circula pela região. As ladeiras permitem belas vistas e convidam a fotografias para recordar a cidade, embalada, todo final de tarde, pelo badalar dos sinos das igrejas. Um dos pontos mais procurados pelos visitantes é a Igreja da Sé, que oferece uma visão panorâmica.

Das mais antigas cidades brasileiras, com traços da arquitetura portuguesa colonial em conventos, casarões mosteiros e sobrados, Olinda tem uma essência musical – é terra do frevo e dos bonecos gigantes do Carnaval. Dizem que o nome Olinda teria a sua origem numa suposta exclamação do fidalgo português Duarte Coelho, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco: ‘Oh, linda situação para se construir uma vila!’.

Ele tinha razão. Da parte alta da cidade histórica, vê-se que o lugar faz jus ao nome. É uma mistura de história, cultura e beleza natural incomparável.

Os 15 anos do título nacional de basquete

Impossível esquecer daquela final da Liga Nacional de Basquete de 1994. Eu e meu amigo Rodrigo Goettems da Silveira não perdíamos um jogo em Santa Cruz do Sul nas primeiras ligas disputadas por aquela grande equipe, desde a Arcal, no ginásio do Colégio Mauá, até a Pitt/Corinthians, já no Poliesportivo. Mas, a partir de 1992, tivemos que dividir a nossa paixão pelo basquete com os estudos na Universidade Federal de Santa Maria.

Com a TV a cabo ainda quase inexistente na época, tivemos que nos contentar a acompanhar de longe algumas partidas realizadas em Santa Cruz do Sul. Pelo rádio, o sofrimento era ainda maior. Em especial, em 1994, quando aquela equipe, mesmo inferior tecnicamente às anteriores, foi se superando na raça e, surpreendendo a todos, chegou à grande decisão da Liga de 1994. Os dois primeiros jogos fora de casa, e perdemos ambos. Os últimos três, se necessários, seriam em Porto Alegre, no Ginásio Tesourinha, para desespero e indignação da grande e apaixonada torcida santa-cruzense.

Era uma sexta-feira quando escutamos a terceira partida pelo rádio, em Santa Maria. A vitória alimentou um pouco a nossa esperança, mas os jogos eram muito difíceis, apertados. No sábado, fomos jantar na casa de um colega do Rodrigo que tinha parabólica, para depois assistir o quarto jogo pela TV, finalmente. Eu disse: “Cara, se a gente ganhar essa nós vamos a Porto Alegre ver essa final”.

Não deu outra, o Corinthians ganhou. Olhamos todos um para o outro, estávamos entre quatro, apenas esperando alguém dar um sinal positivo. O colega do Rodrigo, que era de Santa Maria, tomou a iniciativa: “Vamos com o carro do meu pai”. Ninguém contrariou. Do jeito que estávamos, pegamos a estrada quando já passava da meia noite de sábado, chegando em Santa Cruz do Sul perto das 2h da manhã, para surpresa dos nossos pais (Aquela época nem havia celular para avisar).

Chegando em casa, dormimos umas três horas e logo cedo fomos para a fila no Corinthians, para comprar os ingressos e conseguir um lugar em um dos ônibus que levariam a torcida. A fila já estava enorme, muitos dormiram lá. Conseguimos nossos ingressos, nossos lugares e partimos para conferir de perto um dos jogos mais emocionantes que já tivemos oportunidade de assistir. E tínhamos a certeza de que, empatada a série, o Corinthians não perderia mais. E estávamos certos.

Cansativo? Muito, mas valeu a pena. Na volta, já no final da tarde de domingo, chegamos no trevo do acesso Grasel que já estava tomado de torcedores enlouquecidos, caminhão de bombeiros, todos esperando a equipe. Ficamos por ali mesmo, aguardando aquele supreendente time e depois comemorando até o final da noite. Inesquecível.

Você conhece Karlsruhe?

Até os meus 30 anos nunca havia ouvido falar na cidade de Karlsruhe, situada no sudoeste da Alemanha. A oportunidade apareceu em outubro de 2004, quando eu e minha esposa realizamos um mochilão por nove países da Europa para comemorar 10 anos de relacionamento - entre namoro e casamento - e realizar o sonho de conhecer o velho continente. Após alguns contatos, Karlsruhe surgiu em nosso roteiro a convite de uma amiga. Mesmo não estando entre os grandes roteiros europeus, a cidade nos surpreendeu.

Não tão conhecida, mas não menos fascinante por sua história, Karlsruhe está estrategicamente localizada no centro da Europa, em uma posição de causar inveja a qualquer outra cidade européia. Situada às margens do Rio Reno, Karlsruhe faz fronteira com a França, está a uma hora de carro da cidade francesa de Strassbourg, a uma hora de trem ao sul de Frankfurt e a 200 quilômetros da Suíça, além de ser considerada a porta de entrada da Floresta Negra, uma das regiões mais bonitas da Alemanha.

A sua história, assim como em toda a Europa, revela-se na arquitetura e nas esculturas espalhadas pela cidade. Mas a característica mais marcante de Karlsruhe está em sua planta, delineada de forma radial a partir do Palácio de Karlsruhe, que originou o traçado da cidade.

Conta a história que o palácio servia de casa de descanso para o rei Margrave Karl-Wilhelm, no século 17, durante as suas viagens pela Europa. Daí o nome da cidade, que em português significa Descanso de Carlos (Karlsruhe).

O resultado dessa influência histórica foi o desenvolvimento de uma cidade atípica, mesmo para os padrões europeus. Uma cidade que cresceu de forma radial a partir da frente do palácio, mantendo em sua parte de trás um enorme parque com dezenas de quilômetros quadrados que, até hoje, recebe milhares de pessoas, entre turistas e população local, em seus bosques, gramados e trilhas.

Karlsruhe tem hoje 273.146 habitantes, distribuídos em uma área de 173,49 km². O centro da cidade é recheado de lojas, cafés e galerias aconchegantes, espalhadas por suas ruas radiais. Não há metrôs em Karlsruhe, mas a cidade conta com um eficiente sistema de transporte composto por várias linhas de bondes e ônibus, além de trens que ligam o município aos seus distritos e a diversas cidades da Europa.

Entre os maiores orgulhos de seus habitantes estão os 800 hectares de parques públicos, que correspondem a quase 60% da área total da cidade, e a tradição de ser a capital alemã da ciência, pesquisa e alta tecnologia, atraindo grandes eventos e estudantes do mundo inteiro. De lá saíram cientistas como Karl Benz, nascido no distrito de Mühlburg, que foi o inventor do motor de carro, e Baron von Drais, que inventou o meio de transporte que, mais tarde, seria conhecido como a bicicleta.

Karlsruhe também é hoje sede da Corte Constitucional da Alemanha, sendo sede administrativa da justiça alemã. Para saber mais sobre a cidade, acesse o site www.karlsruhe.de

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- Lugares visitados: Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Alemanha, República Checa, Suíça, Áustria, Itália, França, Bélgica, Holanda, Inglaterra e 12 Estados brasileiros
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sábado, 21 de novembro de 2009

Responsabilidade Social ou "márquetim" estratégico?

É louvável a iniciativa de empresas em investir em ações sociais que abrangem o exercício da cidadania e da responsabilidade social. Afinal, transferir toda essa responsabilidade para o poder público é abster-se do próprio papel que todos, como seres humanos, têm para com a sociedade e suas mazelas. No entanto, a discussão situa-se nas verdadeiras intenções, forjadas ou não, que as empresas escondem por trás de toda essa sua caridade. Será que há, de fato, a vontade repentina de todos em buscar um mundo melhor, por meio do desenvolvimento sustentável, da caridade ou do voluntariado, ou tudo não passa, mesmo, de uma melancólica jogada de marketing buscando maximizar seu impacto positivo sobre os stakeholders?

Não há dúvida de que o marketing possui um papel fundamental para a empresa. Nesse sentido, a utilização dos fatores relacionados à responsabilidade social, como o próprio Balanço Social da empresa, acaba sendo desenvolvido, na maioria das vezes, com o fim único de criar uma imagem positiva da mesma e aumentar a sua competitividade. Isso, por si só, já pode ser entendido como anti-ético, visto que os projetos e pessoas envolvidas tornam-se meros instrumentos na estratégia de lucro das empresas. Quando a sociedade passar a compreender esse lado da moeda, a atividade continuará promovendo visibilidade e retorno financeiro? E quando não gerarem mais lucros, essas ações continuarão a serem desenvolvidas?

É nesse momento que saberemos quais são, de fato, as reais intenções desse novo modelo de gestão. É lógico que toda ação na área social é bem-vinda. A dúvida recai no uso dessas ações na busca de uma maior lucratividade, e apenas por isso. Até que ponto o homem está sendo realmente fraterno e preocupado com o próximo, ou se tudo não passa, mesmo, de mais uma prova de egoísmo absoluto da raça humana. Assim sendo, voltamos ao reducionismo do assistencialismo barato.

Não se pode esquecer, ainda, das obrigações que essas empresas têm na área social em função dos almejados certificados de qualidade e de responsabilidade social. Aqui voltamos às estratégias de marketing traçadas pelas empresas, incluindo o “desenvolvimento de ações na área social, responsabilizando-se pela solução de alguns problemas sociais da sua comunidade disponibilizando, além de recursos materiais, o trabalho voluntário de alguns de seus colaboradores”. Tudo isso, aliado às leis que obrigam as empresas a compensarem as perdas causadas por elas no meio ambiente, dão ao termo “responsabilidade social” um pesado fardo de desconfiança, comprometendo a sua credibilidade e, conseqüentemente, o seu objetivo estratégico dentro da empresa.

Aí reside certa dose de preocupação. A partir do momento em que a responsabilidade social sair de moda e perder o seu real foco para as empresas, que é trabalhar de forma positiva a sua imagem perante o público, ela continuará existindo? Será que ela está sendo trabalhada de forma correta por aquelas empresas que realmente querem ser um diferencial na área social? Não estão todos entrando no mesmo barco, navegando na onda do momento? Se isso ocorrer, todos estarão perdendo, empresas e sociedade.

A solução talvez se encontre na forma como a responsabilidade social esteja sendo conduzida, sempre ligada a prêmios, certificados e à própria marca das empresas. O próprio Balanço Social parece ter maior importância e valor do que as ações por ele apresentadas. No dia em que essas prioridades forem invertidas, talvez se possa falar em uma verdadeira responsabilidade social. Quem sabe, partindo-se do incentivo cada vez maior a ações isoladas dentro das empresas, coordenadas pelos próprios funcionários, como já ocorre em muitas organizações. A satisfação pessoal destas pessoas, com certeza, tornariam grandes as pequenas iniciativas.

Também, investimentos voltados ao Balanço Social e ao marketing social poderiam ser revertidos para novos e atuantes projetos, recebendo em troca não fotos e notas em jornais, mas sim o sorriso de gratidão dos beneficiados. Projetos nas áreas de Educação e Saúde, constantes e abrangentes. Mesmo dentro das empresas, ações como o uso responsável de papéis e equipamentos eletrônicos, a economia de energia elétrica e o uso consciente da água já são grandes iniciativas que os trabalhadores levarão para casa e para a vida, transmitindo para as futuras gerações. São ações simples, que podem não render prêmios nem certificados, mas que, com certeza, ajudarão a construir, de fato, um mundo melhor e mais humano.

Finalmente

Finalmente, criei meu blog. Era algo que eu estava devendo a mim mesmo, há muito tempo. Trabalhando diariamente na produção de releases, me via distante de textos mais subjetivos, menos técnicos, mais pessoais, menos imparciais e mais parciais.
Enfim, textos meus, idéias minhas, opiniões próprias. Devia isso a mim mesmo, e esse sufocamento me incomodava. Espero poder contribuir de alguma forma, para alguém, por algum motivo, e que eu possa compartilhar dessas idéias e informações com muitos amigos, colegas de profissão ou, simplesmente, interessados em geral.
Pretendo escrever minhas idéias sobre comunicação, opiniões sobre fatos do dia a dia, crônicas em geral e dicas sobre viagens, outra de minhas paixões. Espero que gostem. Opinem, participem, mandem mensagens, sugestões, informações. Comunicação é isso, um caminho de duas vias. E é esse o objetivo deste blog.