domingo, 27 de dezembro de 2009

Uma mochila, um mapa e o mundo à disposição

Santo Agostinho escreveu um dia: "O mundo é um livro, e os que não viajam acabam lendo só uma página". Não importa se se está partindo para umas férias em Londres ou para um lugar extremamente exótico: viajar transforma as pessoas. Às vezes de modo superficial, às vezes de maneira profunda. É como uma sala de aula sem paredes.

Viajar é algo pessoal. Duas pessoas jamais saem da mesma experiência levando as mesmas memórias. Segundo Mark Twain, no seu livro The Innocents Abroad (Inocentes no exterior), viajar é fatal para preconceitos, para o fanatismo e para as mentes estreitas. As viagens desfazem muitas das más impressões, confirmam as positivas e prometem numerosas surpresas.

Viajar torna a mente mais curiosa, o coração mais forte e o espírito mais alegre. E uma vez que a mente se expanda dessa maneira, jamais poderá voltar ao seu tamanho original. O número de quilômetros que se percorre nada tem a ver com os verdadeiros prazeres proporcionados pela viagem. A beleza inerente ao mundo, assim como a sensação de descoberta que ela nos promete, está em toda parte à nossa volta.

Qualquer viagem está sujeita a provocar frustrações - as expectativas são sempre grandes e tudo pode dar errado. A sugestão é levar sempre na mala muita curiosidade e paciência. Dar a si mesmo o direito de errar o caminho, tomar desvios inesperados, de se perder. Não existem viagens ruins, só boas histórias para serem contadas na volta. E jamais se deve esquecer: quando se está visitando outro país, é você que tem hábitos exóticos.

Aonde quer que se vá, sempre haverá pessoas boas. E quanto mais tempo se dedicar a entender os outros, mais se compreenderá a si próprio. Uma viagem para o exterior é, acima de tudo, uma viagem para o interior de nós mesmos. Portanto, como disse Mark Twain, "navegue para longe do porto seguro. Explore. Sonhe. Descubra".

(Baseado no livro 1.000 lugares para conhecer antes de morrer, de Patricia Schultz. Foto: Luciano Pereira / Amsterdan, Holanda)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal e um ótimo 2010...

Recebi esta mensagem na semana de Natal e caiu como uma luva para mim. Queria compartilhar com meus amigos, colegas de trabalho, enfim, todos que, de alguma forma, fizeram parte da minha vida neste ano que se encerra:

"Desejo que a vida seja um canteiro de oportunidades para você...
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos seus invernos seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo.
Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida.
E descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Aproveitar as perdas para refinar a paciência, as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer e os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo. Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível.
Porque você, você é especial!"


A todos, um Feliz Natal e um 2010 cheio de paz e alegria!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Veneza: um museu a céu aberto

Veneza foi erguida nas margens lamacentas de uma lagoa, com canais no lugar de ruas. Originalmente uma província do Império Bizantino, por volta do século 12 tornou-se uma cidade-Estado independente. O controle da seda e das especiarias vindas do oriente fez dela a nação mais rica da Europa. As margens dos canais estão cercadas de lindos palácios, erguidos entre esse período e o século 18.

Veneza perdeu autonomia em 1797 e, desde então, parece ter parado no tempo. Mas nunca perdeu o seu charme e glamour de outras épocas! Uma extensa ponte liga a parte nova da cidade até a cidade histórica. Chegando lá, há um imenso estacionamento e as estações de trem e de ônibus. A partir dali, só se anda a pé ou de barco.

O Canal Grande de Veneza é considerado "a rua mais bonita do mundo", não precisa explicar muito o porquê. Com aproximadamente 4 km de extensão e com uma profundidade que varia de 30 a 70 metros, é cortado por três pontes: Scalzi, Rialto (foto) e Accademia.

O canal serpenteia a cidade e pode ser explorado pelos vaporettos, os "ônibus aquáticos de Veneza". Os palácios que o margeiam foram construídos ao longo de cinco séculos e oferecem vista panorâmica da história local.

Como toda a Veneza, tudo tem mais de mil anos de história. A Basilica di San Marco é considerada uma das construções mais grandiosas da Europa, erguida em forma de cruz grega e coberta por cinco cúpulas. No seu interior encontra-se vários mosaicos dourados e tesouros como estátuas, ícones e cópias de cavalos, levados depois que a Quarta Cruzada saqueou Constantinopla, em 1204.

Para fechar com chave de ouro, antes do canal encontrar o Mar Adriático encontra-se o Pallazo Ducale, ao lado da Basilica di San Marco, que hoje funciona como um museu que conta toda a história veneziana. Veneza é uma aula de História incomparável!

Gerenciamento de crises

Saber lidar com possíveis crises é um dos maiores problemas das empresas. Normalmente, a direção não está preparada para situações inusitadas, inesperadas. É notória a grande vulnerabilidade que as empresas demonstram nesses momentos, transmitindo à opinião pública uma imagem muito diferente daquela construída ao longo dos anos. Depois do esforço de se construir uma identidade de solidez, empreendedorismo e força, é possível, em uma única situação de crise, deixar transparecer toda a fragilidade e inanição presentes dentro da organização.

O comportamento da imprensa em uma situação de crise empresarial pode ser fatal para a imagem da instituição. Nesses momentos a empresa, imediatamente, é assediada pela imprensa. E caso os componentes da diretoria não queiram dar entrevista ou omitam informações, provavelmente os jornalistas irão buscar outra fonte e é bem provável que qualquer outra pessoa dentro da empresa, da secretária ao porteiro, resolva falar ou omitir opinião, sem conhecimento aprofundado da situação, agravando ainda mais a crise.

Portanto, é muito importante que o porta-voz, ou assessor de imprensa, esteja preparado para falar com a imprensa, estando a par de toda a situação. De preferência, a direção da empresa deve indicar alguém responsável para conversar com os jornalistas. O importante é não fugir ou evitar a mídia, ser transparente. A omissão de fatos que logo após virão naturalmente à tona por meio de outras fontes faz com a empresa perca credibilidade. Se isso ocorrer, a situação torna-se quase irreversível.

Nesse sentido, o media training tem o papel também de preparar os profissionais de uma empresa para momentos de crise. O primeiro passo é contatar a assessoria de imprensa e colocá-la por dentro de toda a situação. O segundo é elaborar a forma mais clara, objetiva e transparente de divulgar a informação. Por último, determinar quem deve falar pela empresa. Dependendo do caso, poderá ser organizada uma coletiva de imprensa.

Como saber se o assunto gera notícia?

Fazer entender por que nem sempre uma informação que parece notícia para um setor não é vista da mesma forma pela Assessoria de Imprensa não é uma tarefa simples. Constantemente é preciso fazer com que as fontes compreendam que, para que um fato vire notícia, deve atender a critérios jornalísticos. Esses critérios ajudam a discernir entre o que é e o que não é considerado notícia.

Cabe lembrar que o trabalho da assessoria de imprensa é traduzir, ou popularizar, as ações desenvolvidas na Instituição, a fim de atrair o leitor e mostrar em que situação aquele projeto ou pesquisa será importante para a sociedade. E isso deve ser sempre esclarecido às fontes em potencial da Instituição. Os critérios jornalísticos são os seguintes:

1) Ineditismo: a notícia inédita e atual é sempre mais importante do que a já publicada ou que já tenha acontecido há muito tempo. São necessários dados práticos, concretos. Ex.: a empresa divulgou nesta semana os resultados de uma pesquisa.

2) Improbabilidade: a notícia menos provável é mais importante do que a esperada. É preciso ter algo novo ou um diferencial para chamar a atenção da imprensa e, conseqüentemente, do leitor. Por exemplo, divulgar na imprensa um trabalho ou um setor já conhecido é muito difícil se não houver algo novo ou um fato que sirva como “gancho”.

3) Interesse: quanto mais pessoas possam ter a sua vida afetada pela notícia, mais importante ela é. O vestibular, por exemplo, é uma notícia fácil de ser publicada, pois envolve o futuro de milhares de pessoas, entre candidatos e familiares.

4) Apelo: quanto maior a curiosidade que a notícia possa despertar, mais importante ela é. Ex.: o Jornal da Unisc de agosto de 2004 aproveitou a pesquisa “Impacto Social e Econômico da Unisc em Santa Cruz do Sul” para chamar o leitor pela curiosidade e apresentar os serviços oferecidos pela Universidade.

5) Empatia: quanto mais as pessoas se identificarem com o personagem e a situação da notícia, mais importante ela é. Também tomando como exemplo o Jornal da Unisc, a seção “Vida de Aluno” utiliza-se deste recurso para atrair o leitor ao jornal.

6) Proximidade: quanto maior a proximidade geográfica entre o fato gerador da notícia e o leitor, mais importante ela é. Ex.: uma informação de interesse dos funcionários da empresa dificilmente terá espaço em veículos de comunicação fora do campus, mas terá repercussão no informativo interno ou house organ.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Meu herói

Há três anos, meu herói morreu!
Achei que isso fosse impossível, mas, infelizmente, a vida não é uma história em quadrinhos, onde os heróis são imortais!

Mas meu herói nunca se entregou! Lutou sempre contra todos os seus desafios e inimigos com muita garra e determinação, e jamais baixou a cabeça... Poucas vezes caiu, mas se levantou com mais força e amor! E sua força vinha sempre de um único lugar: a família!

Raras são as pessoas que se entregam tanto à família. E meu herói era assim. Poderia escrever um livro com todos os seus exemplos.

Meu herói era diferente dos demais. Ele lutava usando palavras, não armas. Superava obstáculos com sabedoria, não agressões. Administrava a discórdia com amor e diálogo, nunca com rancor ou vingança.

Meu herói não sabia o que era ódio. Não tinha inimigos, só desafios. Não sabia dizer não. Ajudar não era uma obrigação, fazia parte de seu caráter.

Meu herói cuidava de mim, assim como de toda a família. Lembro que, mesmo em sua última e mais difícil batalha, com todas as dificuldades, me acordou no meio da noite, no hospital, para colocar carinhosamente um cobertor sobre mim. E eu é que deveria estar cuidando dele. Mas ele é meu herói, e como tal nunca me deixou sozinho!

Lembro também de ver ele pacientemente consertando a porta do quarto, para que o ranger dela não atrapalhasse mais os outros pacientes. Esse é o meu herói.
E essas são as últimas imagens que levarei de meu herói, de tantas outras que carinhosamente serão lembradas. Ele amava e ajudava a todos, mas daria a vida por sua família.

Infelizmente, meu herói não é imortal, como os heróis dos quadrinhos. Venceu todas as batalhas, mas não pôde superar a vontade de Deus. Mas, com certeza, sua presença em nossos corações será eterna.

A essa hora, já deve estar ajudando alguém lá em cima e cuidando de nós. Ele sempre cuidou de nós. Sempre cuidará. Ele segurou minha mão até seu último suspiro... Não me abandonou nem quando estava partindo. Porque ele é nosso herói!

E se existe mesmo uma porta de entrada no céu, com certeza ela já não é a mesma. Ele já deve ter achado algum defeito, balançado a cabeça e, com a velha autoridade de sempre, consertado. Porque ele é um herói!

Está sendo difícil, e será para sempre viver sem ele. Não ouvir mais a sua voz, os seus conselhos. Não ver ou ouvir aquele sorriso autêntico, verdadeiro. Tudo isso não sai da minha cabeça.

Eu sabia que esse dia chegaria, mas eu não queria acreditar nisso. Eu ainda tinha esperanças que meu herói, como o grande herói que era, seria imortal como os heróis dos quadrinhos. E acreditei nisso até o último segundo!

Mas como disse antes, descobri que ele é um herói diferente dos demais. Tão forte que, se fosse um homem comum, teria nos deixado muito antes. Mesmo a morte teve que suar muito e ser muito insistente para derrubá-lo. Porque ele é um herói especial, tão especial que foi chamado por Deus para ajudá-lo em sua missão.

Que Deus o tenha! Sentiremos sua falta, mas seremos sempre felizes e agradecidos por termos tido o privilégio de poder conviver tantos anos com ele!

Meu herói não era imortal, mas é eterno! E não terei vergonha de chorar todos os dias do resto de minha vida pela falta que sentirei dele.

Um abração a todos os felizardos que tiveram a honra e o orgulho de ter um herói como o vô Ovídio!