terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Lost


Mais perdidos que os sobreviventes do vôo 815 da Oceanic estão os produtores da série Lost. É comovente ver o rumo que tomou a história que havia começado tão bem, de forma tão impactante, criativa, inovadora, de muito suspense. Tamanho sucesso inicial, certamente, pegou de surpresa os próprios criadores da série, que ficaram sem saber o que fazer, ou inventar, para dar seqüência à trama.

Nunca presenciei na TV ou cinema tamanho desvio de rumo, ou mesmo perda do controle sobre um enredo. De assunto corrente em rodas de conversa sobre TV nas duas primeiras temporadas, Lost passou a cair no esquecimento, no ostracismo, a partir da terceira temporada. Não podia ser diferente. Eu mesmo desisti de assistir. Perdi a paciência.

Com muitas perguntas sem respostas, personagens que entraram e saíram sem motivos aparentes (inclusive Rodrigo Santoro andou perdido por lá), histórias sem nexo, repetitivas intrigas e cansativas situações absurdas, Lost chegou à sua sexta temporada, apresentada como a última. Resolvi, então, voltar a assistir por curiosidade. Preciso saber onde eles conseguiram chegar com tamanha "viagem". Que respostas e explicações irão dar ao seu público. Enfim, curiosidade em saber onde vai dar essa história...

Para isso, dediquei dois finais de semana das minhas férias para me colocar em dia com a trama, assistindo à quarta e à quinta temporadas. Foi difícil, confesso, mas consegui. E hoje comecei a acompanhar a sexta e última temporada. Os dois primeiros capítulos, de uma só vez. Posso dizer que os produtores da série parecem continuar perdidos. Resta saber se eles próprios conseguirão se desvencilhar do emaranhado que eles mesmos se meteram. Até o final do ano, quem sabe, eu volto a escrever sobre a última temporada de Lost. Isso se eu conseguir chegar até o final, é claro...

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