Santo Agostinho escreveu um dia: "O mundo é um livro, e os que não viajam acabam lendo só uma página". Não importa se se está partindo para umas férias em Londres ou para um lugar extremamente exótico: viajar transforma as pessoas. Às vezes de modo superficial, às vezes de maneira profunda. É como uma sala de aula sem paredes.
Viajar é algo pessoal. Duas pessoas jamais saem da mesma experiência levando as mesmas memórias. Segundo Mark Twain, no seu livro The Innocents Abroad (Inocentes no exterior), viajar é fatal para preconceitos, para o fanatismo e para as mentes estreitas. As viagens desfazem muitas das más impressões, confirmam as positivas e prometem numerosas surpresas.
Viajar torna a mente mais curiosa, o coração mais forte e o espírito mais alegre. E uma vez que a mente se expanda dessa maneira, jamais poderá voltar ao seu tamanho original. O número de quilômetros que se percorre nada tem a ver com os verdadeiros prazeres proporcionados pela viagem. A beleza inerente ao mundo, assim como a sensação de descoberta que ela nos promete, está em toda parte à nossa volta.
Qualquer viagem está sujeita a provocar frustrações - as expectativas são sempre grandes e tudo pode dar errado. A sugestão é levar sempre na mala muita curiosidade e paciência. Dar a si mesmo o direito de errar o caminho, tomar desvios inesperados, de se perder. Não existem viagens ruins, só boas histórias para serem contadas na volta. E jamais se deve esquecer: quando se está visitando outro país, é você que tem hábitos exóticos.
Aonde quer que se vá, sempre haverá pessoas boas. E quanto mais tempo se dedicar a entender os outros, mais se compreenderá a si próprio. Uma viagem para o exterior é, acima de tudo, uma viagem para o interior de nós mesmos. Portanto, como disse Mark Twain, "navegue para longe do porto seguro. Explore. Sonhe. Descubra".
(Baseado no livro 1.000 lugares para conhecer antes de morrer, de Patricia Schultz. Foto: Luciano Pereira / Amsterdan, Holanda)
Grêmio e Corínthians
Há 11 anos