Não perdi um segundo do meu tempo, domingo, para assistir ao Circo de Horrores da Câmara dos Deputados. Mas, após três dias de muitos comentários nas ruas e nas redes sociais, percebe-se um constrangimento geral, até mesmo de quem apoia o afastamento da presidente, com o show de bizarrices proporcionado por grande parte dos nossos deputados.
De tudo isso, que fique duas lições. A primeira, que a transmissão ao vivo em canal aberto tenha mostrado ao maior número de pessoas possível que de nada adianta gastar energia elegendo prefeitos, governadores e presidentes e jogar no lixo o voto para vereadores e deputados, muitas vezes em troca de favores e benefícios pessoais ou por indicação de conhecidos que tenham interesses específicos. Afinal, são eles que irão aprovar ou não os projetos de interesse da sociedade (ou de interesse deles próprios, se não forem bem escolhidos).
A segunda lição, e aí é uma opinião pessoal, é que as pessoas entendam que é preciso, sim, votar em partido. Ou, ao menos, levá-lo em consideração. Vejo muitas pessoas dizendo que "não votam em partidos, que votam na pessoa". Porém, como se pôde comprovar na votação de domingo, muitos deputados abriram mão de suas convicções pessoais para votar em nome da "ideologia" ou dos interesses do partido, ou até mesmo por medo de represálias. O político governa ou legisla conforme a cartilha da sua sigla, e se ele está neste partido, é porque ele concorda com a sua ideologia e irá segui-la quando exigido.
Enfim, o que vimos domingo foi o reflexo do que somos, infelizmente. A esperança é que tudo isso sirva, ao menos, para o nosso amadurecimento político.
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