Entrevista para a seção Prata da Casa, do Portal do Diplomado - Programa Voltare da Unisc:
Quando descobriu que queria ser jornalista?
Desde criança sempre gostei muito de ler jornais e revistas. No Ensino Médio, li praticamente todos os livros de literatura do século XIX que minha irmã tinha em casa (ela se tornou professora de Português e Literatura) e comecei a gostar de escrever incentivado pela excelente professora de redação que tive no Colégio Sagrado Coração de Jesus, que se chamava Lígia. Ela nos deu dicas de como se soltar, perder o medo de escrever, colocar as idéias no papel, e comecei a tomar gosto e me destacar em redações. Como membro do Grêmio Estudantil da escola, passei a escrever com freqüência para o jornal do colégio e passava tardes na biblioteca lendo as crônicas de Luis Fernando Verissimo. Apesar de tudo isso, adorava também Física e Matemática, o que me levou a prestar o vestibular para o curso de Engenharia Elétrica na UFSM. A nota 10 na redação já me alertava, mas mesmo assim insisti e por cinco semestres me dediquei à Engenharia. Mas sentia falta da leitura, dos textos, e as dificuldades da Engenharia me levaram de volta à minha verdadeira paixão, e optei pelo Jornalismo.
Qual a atividade que você realiza atualmente? (local, empresa, função, especialidade...)
Depois de 10 anos atuando como assessor de imprensa da Unisc, em 2011 aceitei o desafio de trabalhar como assessor de comunicação do Hospital Santa Cruz.
Estágios ou outras experiências que ajudaram a desenvolver o profissional que você é hoje.
Durante a graduação fui monitor na função de diagramador e técnico em editoração eletrônica nos trabalhos experimentais do curso nos jornais Gazeta do Sul e Riovale Jornal, de Santa Cruz do Sul, e como instrutor dos alunos nos trabalhos acadêmicos referentes à diagramação e editoração eletrônica. Foi a minha primeira experiência com prazos fixos para finalização de material, além da responsabilidade de estar sendo lido e avaliado por mais de 20 mil pessoas.
Desenvolvi o meu trabalho com editoração eletrônica, que eu havia iniciado em um estágio de três meses que fiz no Riovale Jornal. Essa experiência me rendeu o emprego na Editora da Unisc, onde trabalhei por quatro anos. Cada experiência que adquirimos, por menor que possa parecer, um dia será muito importante para nós. Tanto que consegui entrar na agência experimental do curso graças ao pequeno estágio que fiz no Riovale Jornal. Depois, tudo isso me serviu para entrar na Editora, e assim por diante.
Graças a esta e a outras experiências que tive cheguei onde estou hoje. Desde que entrei na Unisc o meu objetivo foi trabalhar na Assessoria de Imprensa, e consegui. Como desenvolvi a editoração eletrônica, enquanto estive na Editora da Unisc realizei trabalhos por fora, editando livros e diagramando informativos de empresas como a Mercur, a Mor, a Uniodonto e o Colégio Mauá, o que foi muito importante e decisivo na hora de concorrer à vaga na Assessoria de Imprensa da Universidade.
O que é mais apaixonante na sua profissão?
Estar sempre atualizado. Ter como primeira obrigação do dia ler todos os jornais. Devorar revistas e sites e ter isso como parte da minha profissão. Poder ler de tudo, escrever sobre todos os assuntos, e não ficar bitolado em uma área apenas, como seria caso eu tivesse seguido na engenharia. Além disso, o relacionamento pessoal possibilitado pela profissão é gratificante.
Pessoas que marcaram sua passagem pelo curso (colegas, professores).
Os professores Helio Etges, pelo seu amor à profissão de jornalista, Marli Hatje e Milton Faccin, pelo apoio e parceria de ambos nos projetos do curso. Como colegas foram importantes o Sandro Vianna, pelo aprendizado nos tempos de Riovale Jornal, e a Astrid Kuhn, que mais tarde me abriu as portas na área de assessoria de imprensa por meio de sua agência de comunicação, para a qual trabalhei por um ano e meio e serviu como base para o meu futuro na profissão. Tem ainda os colegas que se tornaram amigos, como a Mariangela, a Cléo, a Silvia Paula, a Lu Setúbal, o Ronaldo, o Rudi e a Daniela.
O que não dá para esquecer no curso, na Unisc?
A luta e os improvisos por sermos a primeira turma de Comunicação Social da Instituição, no mesmo período em que a Unisc começava a sua trajetória como Universidade. O trabalho de criação do Unicom, que até hoje é o jornal experimental do Curso de Jornalismo da Unisc, desenvolvido por mim e pela colega Gigliola Casagrande, orientados pelos professores Otto Tesche e Marli Hatje.
Planos para o futuro.
Fazer outra pós-graduação, agora na área de comunicação e saúde, e colocar em prática ideias e projetos de comunicação voltados ao Hospital Santa Cruz. É uma nova caminhada que estou começando, com vários desafios e aprendizados.
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