Muito bem-vinda a reportagem da página 20 da Gazeta do Sul deste fim de semana. É uma boa leitura para aqueles que costumam postar ou compartilhar textos e informações sem ao mínimo pesquisar as fontes e a veracidade. Algumas coisas vistas no facebook chegam a ser engraçadas, de tão apelativas. Mas também preocupantes, pela forma como algumas pessoas, sem ter qualquer domínio do conteúdo, aceitam as "verdades" que a internet oferece sem contestá-las. É uma "preguiça intelectual", como diz o professor Mozart Linhares na reportagem. Não é preciso agir como um jornalista, buscando diversas fontes e se aprofundando em pesquisas, mas uma simples consulta no google já ajudaria algumas pessoas a não pagar mico nas redes sociais. E o pior é que, se argumentamos, estas pessoas ainda se sentem ofendidas. O programa Saia Justa, do canal GNT, também debateu este assunto há alguns meses. Na ocasião, a jornalista Astrid Fontenelle definiu bem o atual momento: "Os brasileiros estão perdendo uma oportunidade histórica de exercitar a democracia por meio do debate nas redes sociais. As pessoas não aceitam ser contestadas e partem para a agressão verbal, vendo o outro como um inimigo e não como uma peça fundamental para a construção de ideias". Exato. As pessoas não estão preparadas para o debate. E sem debate, não há mudança.